Os Estados Unidos estão firmando acordos tarifários com os principais parceiros comerciais do Brasil, o que pode aumentar a concorrência no setor agrícola. Ainda sem detalhes completos sobre esses acordos, o agronegócio brasileiro permanece em alerta quanto às possíveis consequências.

Desafios para o agronegócio brasileiro

Em reunião no Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp, em São Paulo, o Secretário Geral do Ministério da Agricultura, Luiz Rua, destacou as dificuldades enfrentadas para redirecionar produtos agrícolas que não foram embarcados para os Estados Unidos. Um exemplo recente foi a gripe aviária, que resultou em grande quantidade de frango retida nos frigoríficos e contêineres refrigerados no Brasil. Os contratos de compra são realizados com antecedência e os países têm limites de consumo, o que dificulta a adaptação rápida diante de imprevistos.

Acordos tarifários internacionais e suas implicações

Os Estados Unidos já firmaram acordos tarifários com Japão, Reino Unido, Indonésia, Filipinas, Vietnã e União Europeia, além de estarem em processo de fechar acordo com a China. Todos esses países são parceiros comerciais do Brasil. A parceria entre Estados Unidos e União Europeia também pode complicar as negociações do acordo entre União Europeia e Mercosul, um segundo receio importante dos produtores rurais brasileiros.

Necessidade de diplomacia e cooperação

Como ainda não se conhecem todos os detalhes desses acordos tarifários, imprevistos podem surgir. Por isso, é fundamental avançar na diplomacia, sem hesitar em buscar apoio de brasileiros e amigos do Brasil que estejam dispostos a colaborar neste momento decisivo para o futuro do agronegócio brasileiro e até para o abastecimento mundial de alimentos.