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Tarifaço pode custar R$ 4,7 bilhões no PIB de Minas Gerais no curto prazo, segundo Fiemg
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Tarifaço pode custar R$ 4,7 bilhões no PIB de Minas Gerais no curto prazo, segundo Fiemg

Estudo da Fiemg avalia impactos econômicos da tarifa adicional de 40% sobre exportações brasileiras para os EUA, destacando perdas e setores afetados em Minas Gerais

Por Admin

05/10/2025 21:33 · Publicado há 1 dia
Categoria: Economia

A tarifa adicional de 40% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos, que passou a vigorar em 5 de agosto de 2025, deve resultar em uma perda estimada de R$ 4,7 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais no curto prazo, ou seja, em até dois anos. Além disso, o aumento tarifário pode provocar a redução de mais de 30 mil empregos e uma queda de até R$ 510 milhões na renda das famílias mineiras, devido à ociosidade do capital e da mão-de-obra dos setores exportadores, conforme calculado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Impactos no longo prazo

Considerando um horizonte de cinco a dez anos, os impactos do tarifaço podem ultrapassar R$ 15,8 bilhões no PIB estadual, com redução de aproximadamente 172 mil postos de trabalho e queda de até R$ 2,91 bilhões na renda das famílias em Minas Gerais. Parte desse capital será redirecionada para o mercado interno e outros países, mas ainda assim haverá perda permanente de produção.

Setores mais afetados

Segundo o estudo da Fiemg, o setor mais prejudicado no curto prazo é o da siderurgia e aço sem costura, que pode sofrer uma queda de 8,26%. Este segmento é muito representativo na economia mineira tanto pela quantidade produzida quanto pela participação nas exportações. Apesar de alguns produtos do setor de ferro-gusa e ferroligas terem sido isentos da tarifa, uma grande parcela da siderurgia continua sujeita à taxação, especialmente o aço.

No setor de fabricação de produtos de madeira, a maioria dos itens, especialmente aqueles destinados à construção, não foram isentos e possuem forte participação na pauta exportadora de Minas Gerais, o que gera um efeito negativo de 3,17%. Dos 15 setores mais prejudicados no curto prazo, 11 pertencem à indústria de transformação. Também são afetados a pecuária, a extração de minerais metálicos não-ferrosos e setores de serviços como saneamento e transporte terrestre.

Impactos mais amplos no longo prazo

No longo prazo, o tarifaço afeta setores similares aos do curto prazo, como siderurgia, pecuária, produtos de madeira e fabricação de minerais não-metálicos, mas atinge também segmentos mais sensíveis à renda das famílias, como atividades imobiliárias, serviços domésticos, educação, construção e comércio. Isso indica que o impacto ultrapassa a pauta exportadora e compromete a renda e o consumo das famílias.

Contexto das exportações mineiras para os EUA

Minas Gerais é o terceiro maior estado brasileiro exportador para os Estados Unidos, com exportações que somaram US$ 4,6 bilhões em 2024, equivalendo a 11,4% do total brasileiro. O estudo da Fiemg considera as exportações isentas da tarifa, que representam cerca de 37% do total e incluem itens como ferro fundido, ferro-nióbio e aeronaves. Contudo, os 63% restantes da pauta mineira, que continuam sujeitos à tarifa, englobam produtos como café, carnes bovinas e tubos de aço.

O estudo destaca que as isenções tarifárias concedidas a determinados produtos atenuam os impactos inicialmente previstos, pois a tarifa não foi aplicada a todos os itens. As isenções foram resultado de uma avaliação unilateral do governo americano, sem negociações com o governo brasileiro, baseada em potenciais efeitos para a economia dos EUA.

Recomendações e perspectivas

De acordo com a Fiemg, a expectativa é que Brasil e Estados Unidos avancem em diálogo diplomático para evitar prejuízos adicionais, que afetam diretamente empregos e a economia brasileira. Conforme o estudo, "a via diplomática é o caminho mais adequado e eficaz para solucionar a questão, preservando a relação comercial estratégica entre as duas nações".

Produtos isentos e impactados

Entre os principais produtos mineiros beneficiados pela isenção tarifária, que representam cerca de 98% do valor total das exportações isentas, destacam-se o ferro fundido bruto (20,9% do valor isento), o ferro-nióbio (3,4%), aeronaves (3,1%) e outros silícios (3,0%).

Por outro lado, produtos como café, que correspondem a cerca de 33% do total exportado por Minas Gerais para os EUA, permanecem sujeitos à tarifa. Na siderurgia, apesar da isenção para alguns produtos como ferro fundido e nióbio, outros, como tubos de aço e fio-máquina de ferro ou aço, continuam tarifados. A carne bovina também não foi contemplada com isenção.

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