{{noticiaAtual.titulo}}

Fonte da imagem: https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2025/06/20/1000x1000/1_whatsapp_image_2025_06_20_at_19_25_44-54584526.jpeg?20250620193502?20250620193502
Mateus Simões provoca: 'Nem a Uemg confia no governo Lula'
Vice-governador critica federalização da Uemg e destaca desconfiança da comunidade acadêmica em relação ao governo federal.
O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), respondeu nesta quarta-feira (2/7) às críticas da comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg) sobre a proposta de federalização da instituição. Para Simões, a resistência dos servidores e alunos revela uma desconfiança em relação ao governo federal, atualmente sob a gestão de Lula (PT).
Contexto do debate
A proposta de federalizar a Uemg foi encaminhada pelo governo estadual à Assembleia Legislativa de Minas Gerais em maio, como parte do Projeto de Lei 3.738/25, que integra o pacote para adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). A medida visa auxiliar Minas Gerais no pagamento de uma dívida de R$ 165 bilhões com a União. Desde então, entidades representativas da universidade se manifestam contra a transferência de controle, alegando preocupação com a gestão federal.
Declarações de Mateus Simões
Durante uma audiência pública, Simões afirmou: “Me surpreende a falta de confiança daqueles que estão se manifestando contra o governo federal. Aparentemente, a reitora não confia no governo federal de jeito nenhum. Eu também não, então temos isso em comum. Aparentemente, os sindicatos que estavam protestando sabem que o governo estadual paga em dia e o governo federal é caloteiro. Aparentemente, os alunos não querem se transformar em alunos de uma universidade federal. Se for essa a decisão final, nós vamos lidar com essa decisão”. O vice-governador também mencionou que membros da Universidade do Estado de Montes Claros (Unimontes) demonstraram receios semelhantes sobre a federalização.
Pontos de vista da oposição
Parlamentares de oposição na Assembleia Legislativa solicitaram a retirada do projeto de tramitação. A deputada Lohanna França (PV) argumentou que o governo federal não tem intenção de assumir a gestão de universidades estaduais por meio do Propag, além de rebater a afirmação de que os imóveis da Uemg estariam ociosos. “Eu gostaria muito de ver o governador dizer para os estudantes da unidade de Divinópolis, de Passos, Ituiutaba e mesmo das pequenas unidades como Cláudio e Abaeté, que suas unidades estão inutilizadas ou são pouco utilizadas”, declarou Lohanna.
Implicações para a Uemg
A Uemg atualmente possui cerca de 21 mil alunos e 50 imóveis distribuídos em 19 municípios mineiros, que poderiam ser transferidos para a União caso a federalização avance. O vice-governador também observou que não considera “justo” manter os prédios da universidade vazios enquanto o Estado paga juros da dívida ao governo federal.