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Lula afirma que Brasil tem tamanho e postura para negociar em igualdade com os EUA
Presidente rejeita uso de questões políticas para tarifar produtos brasileiros e defende moedas alternativas ao dólar
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, declarou que o Brasil deseja negociar em igualdade de condições com os Estados Unidos, destacando que o país possui "tamanho, postura e interesses" para isso. Ele criticou o governo norte-americano por usar justificativas políticas — em referência à defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro — para impor tarifas aos produtos brasileiros, classificando essa atitude como "inaceitável".
Posição econômica e diplomática do Brasil
Durante o 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília, Lula ressaltou que o Brasil não é tão dependente dos Estados Unidos como no passado e mantém uma relação comercial ampla globalmente. Ele destacou: "O Brasil hoje não é tão dependente quanto já foi dos Estados Unidos. O Brasil tem uma relação comercial muito ampla, no mundo inteiro. A gente está muito mais tranquilo do ponto de vista econômico, mas obviamente não vou deixar de compreender a importância de relação diplomática com os Estados Unidos".
Lula enfatizou que o Brasil tem propostas na mesa e que está preparado para negociar: "Mas quero saber daqui para frente o que é que eu faço. E eles têm que saber que temos o que negociar. Temos tamanho, temos postura, temos interesses econômicos e políticos para negociar".
Críticas ao governo dos EUA e defesa do multilateralismo
O presidente brasileiro afirmou que o Brasil deseja uma negociação justa e rejeita que questões políticas sejam usadas para prejudicar economicamente o país. Ele disse: "O Brasil não é uma republiqueta. Tentar colocar assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável".
Lula acusou o presidente dos EUA, Donald Trump, de tentar destruir o multilateralismo: "Ele quer a volta da negociação país por país. País pequeno negociar com os EUA é como trabalhador de uma fábrica de 80 mil trabalhadores negociar sozinho com o patrão. O acordo é leonino, não vai ganhar nada".
Busca por moedas alternativas ao dólar
O presidente também reafirmou a busca por moedas alternativas ao dólar no comércio internacional, política criticada por Trump. Segundo Lula, essa iniciativa não é nova: "Não vou abrir mão de achar que a gente precisa procurar construir uma moeda alternativa para que possa negociar com outros países. Não preciso ficar subordinado ao dólar. E eu não estou falando isso agora. Em 2004, fizemos isso com a Argentina".
Ele concluiu destacando a postura pacífica do Brasil: "Eu não estou disposto a brigar com ninguém. Este país é de paz. Quem quiser confusão conosco, pode saber que não queremos brigar. Agora, não pensem que nós temos medo".