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Tarcísio de Freitas fala sobre elogio às urnas eletrônicas e nega sucessão de Bolsonaro em 2026
Governador de São Paulo reafirma apoio a Bolsonaro, nega envolvimento em golpe e destaca avanços da Justiça Eleitoral
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), abordou nesta segunda-feira (24) a aparente contradição entre elogiar as urnas eletrônicas e estar ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), crítico frequente do sistema eleitoral. Ele também descartou apoiar Bolsonaro em um golpe e negou que esteja recebendo o "bastão" para a disputa presidencial de 2026.
Elogios às urnas e posicionamento político
Tarcísio ressaltou que reconhecer aspectos positivos da Justiça Eleitoral não significa ignorar pontos que podem ser aprimorados. O comentário surgiu após críticas de bolsonaristas que veem o governador como possível sucessor do ex-presidente, caso Bolsonaro não recupere a elegibilidade para a próxima eleição.
Em entrevista ao podcast Inteligência Limitada, ao lado de Bolsonaro, realizada um dia antes de uma sessão no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode tornar o ex-presidente réu por liderar uma tentativa de golpe, Tarcísio afirmou que estará com Bolsonaro "neste momento independente de qualquer interesse" e que "não tem passagem de bastão".
Posição sobre 2026 e relação com Bolsonaro
Bolsonaro negou a ideia de passar o bastão para Tarcísio ou qualquer outro político, afirmando: "Eu só passo o bastão só depois de morto". O ex-presidente ainda mencionou que seu campo político poderá ter um plano B caso ele permaneça inelegível.
Tarcísio afirmou que a proximidade com Bolsonaro é muitas vezes interpretada de forma errada e destacou: "Não é justo tirar o Bolsonaro do jogo. É um candidato superviável, a maior liderança da direita. Como eu falei, é o cara que me abriu a porta". Ele também ressaltou sua convicção de que Bolsonaro pode vencer a próxima eleição e que estará ao lado do ex-presidente "até debaixo d'água".
Negativa a apoio a golpe e críticas ao STF
Tanto Tarcísio quanto Bolsonaro negaram ter havido uma tentativa de golpe. O governador disse categoricamente que não apoiaria Bolsonaro "de jeito nenhum" em um golpe. Bolsonaro explicou que um golpe exige envolvimento de diversos setores, incluindo parlamento, imprensa, setor empresarial, forças armadas e apoio internacional, o que não ocorreu nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Bolsonaro também refutou a acusação de planejamento de golpe relacionada à oposição do então chefe da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, e criticou o processo judicial envolvendo Débora Rodrigues dos Santos, participante dos ataques de 8 de janeiro, classificando a pena imposta como exagerada.
Contexto do julgamento no STF
O julgamento no STF sobre a participação de Débora nos ataques foi interrompido para análise adicional, com os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votando pela condenação. Bolsonaro pediu a "Deus que ilumine o ministro Fux" e os demais ministros do STF que participam do seu julgamento, esperando que o pedido de vista seja um "ponto de inflexão".
O ex-presidente enfrenta acusações de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio público e organização criminosa, podendo ser condenado a mais de 40 anos de prisão e aumento da inelegibilidade, atualmente até 2030.