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RAP: ascensão da extrema-direita portuguesa é ‘amargamente engraçada’
Humorista português Ricardo Araújo Pereira comenta o crescimento do partido Chega e o impacto do humor na política atual
Ricardo Araújo Pereira, conhecido como RAP, um dos humoristas mais influentes de Portugal, está no Brasil para participar da Festa Literária de Paraty (Flip). Ele divulga seu mais recente livro, “Coisa que não edifica nem destrói”, que surgiu dos roteiros de seu podcast homônimo e aborda o humor de forma desavergonhada.
Carreira e conexão com o Brasil
RAP iniciou sua carreira com o grupo Gato Fedorento, popular em Portugal, e tem uma relação próxima com o Brasil, especialmente por seus avós que emigraram para São Paulo antes de seu nascimento. Ele é ativo em diversas mídias, como rádio, TV, jornal, literatura e podcast.
Humor e diferenças culturais
Sobre a literalidade atribuída aos portugueses em piadas, ele explica que esse estereótipo é comum em várias culturas e que o humor português e brasileiro hoje se influenciam muito pelas culturas americana e inglesa. Ele ressalta que o objetivo principal do humor é fazer rir, o que considera uma ambição elevada e importante.
Política e humor
Comentando sobre a ascensão da extrema-direita em Portugal, especialmente com o partido Chega, RAP destaca que o crescimento é "amargamente engraçado": “Um partido de extrema-direita, que tem um discurso muito duro relativo a estrangeiros, à imigração, tem um deputado brasileiro”, referindo-se ao ex-atleta de MMA Marcus Santos. Ele lamenta a dificuldade de encontrar aspectos positivos nessa situação.
Desafios do humor na era do politicamente correto
RAP discute o desafio que o politicamente correto impõe ao humorista, citando exemplos de ironias que são mal interpretadas pelo público, o que limita a liberdade do humor no espaço público. Ele cita uma capa da revista “New Yorker” que foi alvo de controvérsia devido à interpretação equivocada da ironia presente na arte.