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Bolsonaro diz estar nas mãos de "bons advogados"
Em entrevista, ex-presidente minimiza julgamento no STF e antecipa estratégia de defesa contra denúncia da PGR por suposta tentativa de golpe de Estado
Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., realizada na segunda-feira (24/3), o ex-presidente Jair Bolsonaro mostrou-se tranquilo em relação ao julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado, previsto para ocorrer nesta terça e quarta-feira na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Defesa e Estratégia Jurídica
Bolsonaro afirmou que conta com "bons advogados" para defender seu caso, destacando que seus defensores irão abordar a tecnicidade da denúncia. Ele disse esperar ser julgado em primeira instância, que considera o procedimento justo, mas adiantou que, caso o julgamento ocorra em instância superior, seus advogados vão argumentar que todos os ministros do STF devem estar envolvidos na decisão.
Acusações e Questionamentos
Sobre a suposta reunião golpista mencionada no inquérito, Bolsonaro declarou que ele e alguns militares apenas "deram uma olhada" em possibilidades "do que poderia ser feito dentro da Constituição". Questionou se discutir hipóteses configura crime e pediu que o ministro Alexandre de Moraes revele a minuta do golpe, alegando desconhecer tal documento.
Sobre o Estado de Sítio e Responsabilidades
O ex-presidente argumentou que a decretação de um estado de sítio exige a participação dos demais Poderes da República, incluindo Congresso e ministros, e que não houve tal processo na situação em questão. Referindo-se aos atos de 8 de janeiro, afirmou que não se sente responsável pelas depredações às sedes dos Três Poderes, pois estava nos Estados Unidos naquela data, e negou que tenha ocorrido uma tentativa de golpe, ressaltando que "não tinham armas no 8 de Janeiro".
Repercussão e Apoios
Bolsonaro também afirmou que não pretende fugir do Brasil diante do processo, reforçando que só poderia ser preso pela força. A entrevista foi concedida na companhia do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que confirmou sua candidatura à reeleição ao governo paulista em 2026 e declarou apoio ao ex-presidente para o cargo de presidente da República naquele ano, apesar da inelegibilidade de Bolsonaro.
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, presente na entrevista, justificou sua mudança para os Estados Unidos por perseguição política e comentou seu objetivo de levar a realidade brasileira aos congressistas norte-americanos.
Nas redes sociais, o apoio a Bolsonaro tem sido discreto, porém parlamentares aliados, como Ricardo Salles e Carol de Toni, expressaram confiança na defesa e criticaram a denúncia da PGR, classificando-a como uma "aberração jurídica" e um julgamento político.