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Governo escolhe Dario Durigan para negociar com Congresso após crise entre Haddad e Motta
Secretário-executivo do Ministério da Fazenda lidera diálogo com parlamentares em meio a impasse entre Executivo e Legislativo
Dario Durigan, atualmente o segundo na hierarquia do Ministério da Fazenda, foi destacado pelo governo federal para conduzir as negociações com o Congresso Nacional após a tensão pública entre o ministro Fernando Haddad e o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta.
Perfil de Dario Durigan
Conhecido por sua discrição e postura ponderada, Durigan prefere agir nos bastidores e raramente aparece sob os holofotes. Colegas de trabalho o descrevem como alguém firme em suas convicções, sempre embasado por dados e flexível nas negociações. "Ele é um gentleman e consegue estabelecer empatia nas suas interlocuções", comentou um colega de governo. Durigan também é reconhecido por sua atuação equilibrada nos grupos internos do ministério.
Negociações após o impasse
Enquanto Haddad viajava em missão oficial à Argentina e o clima permanecia tenso após trocas públicas de críticas entre o ministro e Hugo Motta, Durigan reuniu-se com lideranças parlamentares na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Na pauta, estava a busca por alternativas para equilibrar o orçamento federal e os cortes em benefícios fiscais, necessários para reduzir R$ 15 bilhões do orçamento de 2026, conforme o próprio ministro da Fazenda.
A discussão também abordou o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), tema central do conflito entre Executivo e Legislativo. A definição final sobre o tema caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF). Deputados que participaram do encontro relataram que Durigan chegou apreensivo, mas saiu da reunião mais tranquilo. "O secretário falou de uma forma verdadeira e transparente", avaliou o deputado Sidney Leite, destacando a disposição do secretário em responder inclusive a cobranças sobre cortes de gastos.
Trajetória e experiências anteriores
Durigan está há cerca de dois anos como secretário-executivo da Fazenda, função que assumiu após a saída de Gabriel Galípolo, hoje presidente do Banco Central. Formado em Direito pela USP, com mestrado na UnB, Durigan já atuou como assessor especial de Haddad na Prefeitura de São Paulo e desenvolveu habilidades em negociações em cargos diversos no governo. Ele também liderou a área de políticas públicas do WhatsApp, onde trabalhou com o combate à desinformação eleitoral em contato direto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Avaliações e desafios
Apesar de críticas à sua experiência política, pessoas próximas reconhecem em Durigan uma lealdade destacada ao ministro da Fazenda. Segundo o deputado Mauro Benevides Filho, "Não diria que foi bom nem ruim, mas ele cumpriu as orientações do ministro Haddad". O desafio de atuar como elo entre o governo e o Congresso em momento de crise exige habilidade e confiança, características apontadas como presentes em seu perfil.