{{noticiaAtual.categoria.titulo}}

{{noticiaAtual.titulo}}

{{clima.temp}} °C

{{clima.description}} em

{{relogio.time}}

{{relogio.date}}
Alexandre de Moraes usa declarações de Haddad para suspender aumento do IOF
Fonte da imagem: https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2025/02/19/1200x720/1_044c0280_eebb_11ef_bd1b_d536627785f2-46785306.jpg?20250221122430?20250221122430

Alexandre de Moraes usa declarações de Haddad para suspender aumento do IOF

Ministro do STF aponta possível desvio de finalidade no decreto do governo Lula sobre alíquotas do IOF

Por Admin

05/07/2025 00:55 · Publicado há 4 horas
Categoria: Política

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizou declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para fundamentar sua decisão que suspendeu os decretos do governo e do Congresso que aumentavam as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Decisão e fundamentos

Na decisão que suspendeu as normas editadas pelo presidente Lula e o decreto legislativo aprovado pelo Congresso, Moraes indicou a possibilidade de desvio de finalidade no ato assinado, sugerindo que o decreto poderia ser derrubado caso fique comprovada a intenção exclusivamente arrecadatória, e não regulatória, do aumento do IOF.

Moraes baseou sua análise em reportagens com declarações de Haddad, nas quais o chefe da equipe econômica reconhece a necessidade do aumento do imposto para fechar as contas públicas em 2026, em cumprimento à regra fiscal. Em uma publicação nas redes sociais, Haddad afirmou que o decreto "corrige uma injustiça: combate a evasão de impostos dos mais ricos para equilibrar as contas públicas e garantir os direitos sociais dos trabalhadores".

Outra declaração foi dada em 1º de julho, quando Haddad afirmou que o governo necessita da elevação do IOF para cumprir a meta fiscal.

Audiência de conciliação e debate jurídico

Alexandre de Moraes marcou uma audiência de conciliação para 15 de julho, com o objetivo de buscar uma solução negociada para a crise gerada pelo aumento das alíquotas do IOF.

O caso envolve discussão sobre a legalidade do uso do IOF para fins exclusivamente arrecadatórios, já que tributos podem ter funções tanto para abastecer os cofres públicos quanto para regular a ordem econômica e social. Moraes ressaltou que a análise deverá verificar se houve desvio de finalidade na tentativa do governo Lula de resolver suas contas por meio do imposto.

O Ministério da Fazenda estimou que o aumento do IOF poderia elevar a arrecadação em R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.

Aspectos constitucionais e limites do poder executivo

Ao abrir sua decisão, Moraes destacou que a tributação tem dupla finalidade: arrecadatória e regulatória. Ele afirmou que o desvio de finalidade, se comprovado, é motivo de inconstitucionalidade, pois o tributo não poderia ser usado apenas para atingir metas fiscais e sanar as contas públicas, contrariando a intenção do Poder Constituinte ao estabelecer o ordenamento tributário.

O ministro citou diversos julgamentos anteriores de colegas do STF para fundamentar seu entendimento, ressaltando que há dúvidas fundadas sobre o uso do decreto para fins puramente fiscais, o que poderia representar um desvirtuamento da Constituição.

Segundo Moraes, o chefe do Executivo tem discricionariedade para modular o imposto conforme a conjuntura econômica, porém a finalidade subjacente ao ato é determinante para sua validade. "O ato do Chefe do Executivo é discricionário, porém a finalidade subjacente ao ato que modifica as alíquotas é determinante para a sua validade, eis que não é qualquer aspecto da fiscalidade brasileira que permitirá um aumento ou um decréscimo na alíquota do imposto", afirmou.

Esse site usa cookies.

Nós armazenamos dados temporariamente para melhorar a sua experiência de navegação e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento.

Termos de uso & Política de privacidade