O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou nesta quarta-feira (29/1) que o estado fechou o ano fiscal de 2024 com um superávit de R$ 5,179 bilhões. Este é o quarto ano consecutivo em que o Executivo mineiro consegue um exercício financeiro em que gasta menos do que arrecada, alcançando ainda o maior índice da gestão do Novo à frente de Minas.

Esforço da Gestão

“O resultado só foi obtido devido a um grande esforço da nossa gestão que começou seis anos atrás com a implementação de práticas para garantir que cada centavo seja gasto somente quando necessário. Esse equilíbrio fiscal, quem acompanha os números sabe muito bem, tem proporcionado investimentos recordes, principalmente na Saúde e Educação”, afirmou Zema.

Aumento nos Investimentos

O governo relatou que os investimentos dobraram desde a posse de Zema e estão acima da inflação acumulada. Dados da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) mostram que o investimento na Educação cresceu de R$ 11 bilhões em 2018 para R$ 22 bilhões em 2024, um aumento de 60% que supera a inflação de 39,41% do período. Na saúde, os investimentos saltaram de R$ 5,1 bilhões em 2018 para R$ 10,7 bilhões em 2024, aproximadamente 80% acima da inflação.

Desafios e Expectativas

Apesar dos avanços, o estado está ligeiramente acima do mínimo constitucional nas despesas em ambas as áreas. O governador destacou que ainda há desafios pela frente, como a inauguração de cinco hospitais regionais até o fim da sua gestão e a continuação de obras significativas que estavam paradas há décadas.

Capacidade de Endividamento

O governador também abordou a dívida do estado, que aumentou em valores nominais, mas ressaltou que a capacidade de administração dessa dívida melhorou consideravelmente. A taxa de endividamento caiu quase 30% em relação ao último ano do governo anterior, passando de 189,03% para 162% da Receita Corrente Líquida (RCL).

Futuro Financeiro

Zema indicou que a prioridade agora é derrubar os vetos do presidente Lula ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag), visto como solução para o débito de R$ 165 bilhões com a União. Ele expressou a necessidade de articulação com os governadores para garantir que esses vetos sejam considerados e discutidos com os novos presidentes da Câmara e do Senado.