A deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL) alertou que a implementação de pedágios no Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte afetará negativamente a população de baixa renda nas proximidades da capital. Responsável por uma representação no Tribunal de Contas (TCE), em conjunto com a oposição ao governador Romeu Zema (Novo), a parlamentar conseguiu interromper o edital de concessão das rodovias MG-010, MG-424 e LMG-800.

Críticas à Privatização

Gonçalves argumenta que o custo de manutenção das estradas não justifica a privatização. "É melhor o estado assumir esses investimentos sem onerar a população. A gente já paga impostos que devem ser aplicados nas estradas, não justifica ter que pagar para ir de casa ao trabalho, visitar parentes ou acessar serviços de saúde", afirmou.

Impactos da Proposta

Em sua análise, a deputada também comentou sobre a proposta de concessão do Vetor Norte, que impactaria significativamente habitantes de municípios como Vespasiano, Lagoa Santa e Confins. "Estamos desde o início na luta contra a instalação de pedágios na Região Metropolitana. A proposta do Zema sugere a criação do pedágio mais caro do Brasil", disse, ressaltando que a maioria dos afetados pertence a grupos que recebem até três salários mínimos.

Sobre a Adesão ao Propag

A deputada ainda fez observações sobre a aprovação da adesão ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag) e criticou a lista de imóveis que o governo Zema pretende transferir para a União, afirmando que a proposta carece de fundamentação adequada.

Conclusão e Próximos Passos

"A ALMG aprovou a entrada do estado no Propag e, enquanto isso, vamos trabalhar para garantir que os interesses da população sejam priorizados em qualquer negociação futura", concluiu a deputada. Ela enfatizou a importância de audiências públicas para discutir propostas que possam impactar a região.