Movimentos sociais, estudantis e sindicatos se mobilizam para realizar, neste sábado (15), atos em busca de justiça por Clara Maria, mulher que foi brutalmente assassinada no último domingo (9) e teve seu corpo ocultado sob concreto. A concentração em Belo Horizonte está marcada para a Praça Sete, no coração da cidade, a partir das 10h. O evento é organizado pelo 8M Unificado e pelo movimento estudantil Faísca UFMG, além de diversas outras entidades.

Clamor por Justiça

Nas redes sociais, muitos apoiadores têm enfatizado a importância dessa manifestação, clamando pelo fim da violência de gênero. Uma internauta expressou: "A Clara foi vítima de um feminicídio movido pelo ódio neonazista às mulheres. Iremos às ruas. Arrancaremos Justiça por ela com a destruição desse sistema nojento! Clara Maria Venâncio Rodrigues, presente!".

Solidariedade em Uberlândia

Além da manifestação na capital, em Uberlândia, cidade natal da jovem, os amigos planejam um ato em frente ao Teatro Municipal, na Avenida Rondon Pacheco, onde também desejam homenageá-la e cobrar por justiça. O horário de início do ato ainda não foi divulgado.

Detalhes do Crime

O corpo de Clara, de apenas 21 anos, foi encontrado coberto por concreto nos fundos de uma residência na última quarta-feira (12). Ela havia desaparecido enquanto retornava para casa. A família, oriunda de Uberlândia, se mobilizou intensamente durante as buscas antes da trágica descoberta.

Investigações em Andamento

Sobre as circunstâncias em que o corpo foi encontrado, os bombeiros relataram que o concreto não estava completamente seco, sugerindo que foi utilizado recentemente para ocultar o corpo. Além disso, a Polícia Civil está investigando se Clara Maria foi vítima de necrofilia. As investigações estão em andamento e os suspeitos confessaram o crime, um deles revelando ciúmes e uma motivação ligada a dívidas com a vítima.

Escalada da Violência contra Mulheres em Minas

Segundo dados recentes, até 12 de março, Minas Gerais já registrou pelo menos seis feminicídios este mês. O estado tem enfrentado uma quantidade alarmante de violência contra a mulher, com uma média de uma mulher morta a cada dois dias por companheiros ou ex-companheiros. Em 2024, foram registrados 161 feminicídios e 248 tentativas. A violência continua a ser uma questão crítica, com mais de 13 mil mulheres relatando agressões em janeiro deste ano.