{{noticiaAtual.titulo}}

Fonte da imagem: https://otempo.scene7.com/is/image/sempreeditora/cidades-extorsao-ameacas-flanelinhas-1745621651?qlt=90&wid=1200&ts=1745621739930&dpr=off
Flanelinhas geram medo e insegurança nas ruas da Grande BH
Falta de denúncias formais dificulta o combate ao problema que afeta motoristas na região metropolitana.
Diariamente, motoristas que estacionam nas ruas da Grande Belo Horizonte enfrentam o medo e a insegurança devido à presença de flanelinhas, que utilizam ameaças e extorsões para garantir seu "serviço". Maria Alice (nome fictício), por exemplo, relata que, ao deixar seu carro em Contagem, vive a apreensão constante: "Deixo meu carro sem saber se vou encontrá-lo intacto quando voltar".
Extorsão e medo nas ruas
A situação se agravou nos últimos meses, com relatos de flanelinhas exigindo pagamento para que os motoristas possam estacionar em vagas públicas. "Um já me mandou tirar o carro da vaga caso eu não fosse pagar pelo serviço dele", conta Maria, que opta por estacionar longe para evitar problemas. Este tipo de comportamento, caracterizado como extorsão, não é denunciado às autoridades pela maioria das vítimas.
Número crescente de denúncias
Em Belo Horizonte, a Guarda Civil Municipal indicou que houve 51 denúncias de cobrança indevida por estacionamento até abril de 2025, 181 em 2024 e 233 em 2023. Apesar dos números alarmantes, a falta de formalização das denúncias dificulta o combate a esse crime. Em Contagem, não há registros oficiais, já que muitos motoristas têm medo de se manifestar.
Recomendações de autoridades
A Transcom, responsável pela administração do trânsito em Contagem, destaca que a falta de denúncias impede a identificação clara do problema. A Polícia Militar de Minas Gerais reforçou a importância de acionar o 190 em casos de ameaça por flanelinhas. O especialista Orlando Conde Filho sugere que uma solução efetiva depende de uma ação conjunta entre os órgãos de segurança e a conscientização da população.
Propostas legislativas
Recentemente, um projeto de lei busca criminalizar a prática de cobrança não autorizada para estacionamento em via pública. A deputada Silvye Alves, autora do projeto, justifica que a extorsão por flanelinhas gera insegurança e prejudica o uso adequado do espaço público.
Ações em andamento
A Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte realiza operações para mapear e combater a prática de flanelinhas, com fiscalização em cerca de 60 pontos da cidade, enquanto a Transcom em Contagem também intensifica ações de fiscalização. Ambas as instituições enfatizam a importância do uso de sistemas de estacionamento rotativo que garantam a segurança dos motoristas e a organização do trânsito.