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Governo Lula reabre investigações sobre a morte de JK durante a ditadura militar
Suspeitas de atentado político cercam o acidente automobilístico que vitimou o ex-presidente em 1976
BRASÍLIA – O governo federal, através da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), pretende reavaliar as circunstâncias da morte de Juscelino Kubitschek em um acidente de carro ocorrido no interior de São Paulo em 1976, durante o regime militar. O ex-presidente enfrentava perseguições do governo militar na época e a fatalidade sempre levantou dúvidas quanto à sua veracidade.
O Acidente
No dia 22 de agosto de 1976, JK e seu motorista, Geraldo Ribeiro, faleceram a bordo de um Opala na Rodovia Presidente Dutra, entre São Paulo e Rio de Janeiro. Laudos da época afirmaram que o acidente foi um infortúnio no trânsito, resultando de uma colisão com um caminhão. Porém, a versão oficial foi contestada pela família do ex-presidente, que buscou a exumação do corpo após duas décadas.
Novas Investigações
A Comissão analisará a possibilidade de reabrir a investigação em sua próxima reunião marcada para o dia 14, sem estimativas claras sobre a duração do processo. Um laudo mais recente colocou em xeque a versão militar sobre o acidente, levantando indícios de que JK poderia ter sido alvo de um atentado político. Em 2013, o motorista do ônibus envolvido no acidente declarou que lhe foi oferecido dinheiro para assumir a responsabilidade pelo ocorrido.
Indícios de Atentado
Uma análise detalhada por um perito em transportes, Sergio Ejzenberg, concluiu que não havia evidências de que o acidente tivesse sido causado por uma colisão com o ônibus, conforme alegado. O laudo indica que o ônibus não apresentava velocidade excessiva e que o caminhão envolvido não era culpado pela colisão. A hipótese de um atentado também não pode ser descartada, porém, não há elementos conclusivos suficientes para apontar a causa exata do acidente.
Contexto Político
A morte de JK, assim como a de outros políticos da época, como João Goulart e Carlos Lacerda, levantou suspeitas de que estivessem conectadas a uma suposta Operação Condor, realizada por ditaduras do Cone Sul para silenciar adversários políticos. JK, famoso por suas obras como a construção de Brasília, teve sua carreira política interrompida pelo golpe militar de 1964, sendo posteriormente cassado e exilado.
Conclusão
O pedido de reabertura da investigação, feito pelo ex-vereador Gilberto Natalini, reforça a necessidade de esclarecer os fatos em torno da morte de JK, quase 50 anos após o trágico acidente. A reexaminação de evidências pode trazer novos elementos à luz e ajudar a entender a complexa história política do Brasil durante a ditadura militar.