O Google informou nesta quarta-feira (18/6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não tem condições de cumprir a ordem do ministro Alexandre de Moraes, que pediu o envio de dados sobre quem publicou uma cópia da minuta do golpe em um domínio público na internet. Segundo o escritório de advocacia que representa a plataforma no Brasil, o provedor de buscas não possui as informações, que são, segundo a empresa, de responsabilidade das páginas que divulgaram a minuta.

Declarações do Google

"A Google informa a impossibilidade de processamento da ordem de fornecimento de dados que lhe foi direcionada, sem prejuízo de que informações e dados referentes a publicações em sites de terceiros sejam requeridas diretamente a seus administradores", declarou a empresa.

Contexto da Solicitação

O envio de dados foi solicitado pelo ministro após um pedido da defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e um dos réus do núcleo da trama golpista. Durante as investigações, uma cópia da minuta foi encontrada na residência de Torres, que, segundo as investigações, era de conhecimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, e que poderia ter sido utilizada para implementar medidas de estado de defesa visando reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Defesa de Anderson Torres

A defesa de Torres está buscando minimizar a importância da minuta nas investigações, afirmando que o documento está acessível na internet. Depois de receber as informações, os advogados pretendem solicitar uma perícia para demonstrar que a minuta encontrada na casa do ex-ministro não está relacionada ao documento apresentado pelo ex-presidente aos ex-comandantes das Forças Armadas.