O ministro Bruno Dantas, do TCU, sugeriu ao MPF e à PF que levantem a lista de passageiros das viagens do presidente da Previ pelo mundo. A sugestão foi apresentada na audiência desta quarta-feira, 9, do Tribunal de Contas, que apontou suspeitas nas viagens e gestão de João Fukunaga à frente do fundo de pensão do Banco do Brasil.

Suspeitas de Irregularidades

O relator da auditoria na Previ, o ministro Walton Alencar Rodrigues, mencionou que há indícios de irregularidades na administração de Fukunaga. Ele citou duas viagens do executivo para o Japão e Portugal, onde ele se encontrou “em íntima confraternização com notórios negociantes do mercado”. O relator votou por enviar os indícios coletados para o MPF, a PF e a CGU.

Auditoria Plena e Investigações

O TCU, por unanimidade, converteu o levantamento preliminar iniciado em fevereiro em uma auditoria plena nesta quarta-feira. Para os técnicos do Tribunal de Contas, os investimentos da Previ podem estar sendo usados para garantir, a indicados da direção do fundo, altos cargos em conselhos das empresas, como a compra de ações da Vibra, antiga BR Distribuidora.

Defesa da Previ

Na audiência, a Previ se defendeu afirmando que os investimentos na Vibra seguiram critérios técnicos. O ministro Bruno Dantas lembrou que “o TCU não dispõe de instrumentos de persecução penal. Tampouco condições de levantar junto às companhias aéreas a lista de passageiros” e concluiu: “Mas isso, certamente, o MPF e PF terão condições de levantar”.