A defesa de Jair Bolsonaro protocolou, nesta terça-feira, 25, um pedido de impedimento do ministro Cristiano Zanin no julgamento da denúncia criminal apresentada pela PGR sobre uma suposta tentativa de golpe. Durante o pedido, a defesa fez referência a um episódio anterior em que Zanin se declarou impedido de participar de um caso envolvendo o ex-presidente, embora a natureza das ações fosse distinta.

Contexto do Impedimento

No passado, especificamente em maio de 2024, Zanin reconheceu seu impedimento em um recurso relacionado à inelegibilidade de Bolsonaro, que havia sido determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023. O motivo do impedimento foi sua atuação anterior como advogado de uma coligação política encabeçada por Lula nas eleições de 2022, o que levou à sua decisão de se afastar do julgamento.

Repercussão do Pedido

A defesa argumentou que a amizade “íntima e longeva” entre Zanin e Lula geraria uma suspeição que contraria o Código de Processo Civil. A Primeira Turma do STF, que agora analisará a denúncia do golpe, já havia apoiado seu impedimento no caso eleitoral anterior. Entretanto, apesar de sua declaração de impedimento, Zanin não aceitou a alegação de suspeição também levantada pela defesa de Bolsonaro.

Próximos Passos

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, será o responsável pela análise do pedido da defesa para excluir Zanin do julgamento atual. O cenário aponta para a improbabilidade de que esse pedido seja atendido, visto que Barroso se reuniu recentemente com o advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, para discutir a situação.