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Controvérsia sobre participação de homens trans no bloco Filhos de Gandhy
Ministério Público investiga proibição imposta por tradicional afoxé de Salvador
O bloco Filhos de Gandhy, um dos afoxés mais tradicionais de Salvador, gerou polêmica ao proibir a participação de homens trans em seu desfile de carnaval. Segundo o estatuto do bloco, apenas homens cisgêneros poderiam participar do evento, o que despertou críticas e acusações de transfobia.
Reação à Proibição
A proibição foi divulgada em um comunicado na retirada de fantasias e se baseava no artigo 5º do estatuto social do bloco, que tradicionalmente já exclui a participação de mulheres por razões religiosas. Após a repercussão negativa, o Ministério Público da Bahia (MPBA) começou a investigar o caso, considerando um ato de transfobia.
Resposta das Autoridades
A Defensoria Pública da Bahia também se manifestou, afirmando que a decisão da agremiação incita claramente a discriminação. Segundo a Defensoria, a proibição está sujeita a punições sob as leis que equiparam atos de transfobia ao crime de racismo. Eles recomendaram a exclusão da cláusula que restringe a participação apenas a homens cisgêneros.
Comunicado do Bloco
Após a crítica pública, o Filhos de Gandhy lançou um comunicado, afirmando ter retirado o termo "cisgênero" de um comunicado, mas enfatizando que a cláusula ainda permanece no estatuto. O bloco anunciou a convocação de uma assembleia para discutir possíveis alterações no texto. O comunicado ressaltou que o grupo sempre buscou respeitar a tradição, ao mesmo tempo em que reconhece a importância do diálogo sobre inclusão.
Impacto Social
A decisão de excluir homens trans foi amplamente criticada nas redes sociais, sendo considerada transfóbica. O bloco reconheceu que a sociedade está em transformação e afirmou que debates sobre inclusão são essenciais. “Em 76 anos de existência, sempre mantivemos a tradição da paz e do respeito”, finalizou o comunicado.