BRASÍLIA - O deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) decidiu exonerar seu chefe de gabinete, Lino Rogério da Silva Furtado, que é alvo de investigações da Polícia Federal (PF) por um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares. A demissão formal ainda não foi publicada no Diário Oficial, mas já está registrada no portal da Câmara.

Detalhes da Exoneração

De acordo com informações disponíveis, Lino Rogério era funcionário do gabinete de Motta desde outubro de 2016 e recebia um salário bruto de R$ 17.638,64 por mês. Ele já estava afastado do cargo desde a operação policial que deu início à investigação.

Investigação da Polícia Federal

A PF investigou Lino Rogério durante uma operação realizada na última quinta-feira (13), autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. As investigações indicam que o ex-chefe de gabinete teria participado de um esquema de desvio de emendas direcionadas pelo deputado ao Hospital Ana Nery, localizado em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Os agentes da PF também visitaram o apartamento funcional do deputado em Brasília, que era utilizado por Lino Rogério.

Acusações de Propina

A denúncia aponta que Lino Rogério teria recebido 6% do valor das emendas alocadas por Afonso Motta ao Hospital Ana Nery. Esse valor era pago como uma comissão para garantir a liberação de recursos públicos para a instituição de saúde. A cláusula referente a esse pagamento estava presente em um contrato de prestação de serviços que foi obtido pela PF.

Operação EmendaFest

Durante a operação, foram encontrados R$ 350 mil em espécie, com parte desse valor associada a Lino Rogério. A operação foi denominada EmendaFest, evidenciando a gravidade das acusações.