BRASÍLIA – Na manhã desta quinta-feira (13), a Polícia Federal (PF) apreendeu mais de R$ 350 mil em espécie e dois celulares escondidos no forro de um escritório, como parte da operação voltada à investigação de possíveis desvios em emendas parlamentares. Um dos alvos da operação é Lino Furtado, chefe de gabinete do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), que foi mencionado no inquérito, mas não sofreu buscas nesta quinta.

Investigações e Apreensões

As emendas públicas que seriam objeto de desvio foram repassadas ao Hospital de Santa Cruz, localizado no Rio Grande do Sul, por meio do deputado Motta. Em uma nota oficial, o parlamentar afirmou que nem ele nem seu gabinete foram alvos da ação da PF. Motta expressou a surpresa pelo ocorrido e está em busca de acesso aos autos para compreender o que está sendo investigado e se posicionar adequadamente.

Operação EmendaFest

A Operação EmendaFest, autorizada pelo ministro Flávio Dino do Supremo Tribunal Federal (STF), mobilizou a PF para cumprir 13 mandados de busca em Brasília e em cinco cidades gaúchas: Estrela, Lajeado, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires. De acordo com as investigações, o grupo associado aos desvios estaria retendo 6% dos valores das emendas destinadas ao hospital, o que era registrado em planilhas como uma 'contrapartida' pela liberação das verbas.

Consequências Legais

Além do chefe de gabinete, outros alvos da operação incluem o diretor administrativo da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional do RS, Cliver Andre Fiegenbaum. A Justiça também determinou o afastamento de dois investigados de suas funções públicas e o bloqueio de valores em contas de pessoas físicas e jurídicas. Os crimes em investigação incluem desvios de recursos públicos e corrupção ativa e passiva.