O Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio de Janeiro deu início a uma investigação preliminar para apurar as condições de trabalho dos funcionários da fábrica de fantasias de Carnaval que pegou fogo na manhã de quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025.

Autuação Urgente

O MPT informou que "autuou com urgência uma Notícia de Fato para investigar as condições de trabalho na fábrica". Este procedimento, segundo a instituição, é anterior ao inquérito e avaliará se há indícios para uma investigação mais detalhada ou medidas judiciais contra a Maximus Confecções, a empresa responsável pela fábrica.

Motivação da Apuração

De acordo com o MPT, essa autuação não é nova e foi motivada por denúncias trabalhistas já existentes. A assessoria do MPT esclareceu: "Não se trata de uma nova autuação. É uma específica para investigar denúncias relacionadas às condições de trabalho no local." Entretanto, a assessoria não divulgou detalhes sobre as denúncias que impulsionaram a ação, prometendo retornar com mais informações em um futuro próximo.

Consequências do Incêndio

O incêndio resultou em 21 feridos, sendo dez deles em estado grave. As vítimas foram encaminhadas a cinco hospitais, e pelo menos nove apresentaram queimaduras nas vias aéreas devido à inalação de fumaça tóxica. Relatos de sobreviventes indicam que cerca de 30 pessoas estavam no local no momento do incêndio, mas as autoridades não confirmaram o número exato de pessoas presentes no prédio.

Resgate e Combate ao Fogo

As equipes de bombeiros trabalham desde às 7h39 para controlar as chamas e realizar o resgate de pessoas que estavam presas nas janelas. A fábrica, que confeccionava fantasias para escolas de samba e uniformes militares, não possuía laudo de segurança atualizado e, portanto, não poderia estar em funcionamento.

Impacto nas Escolas de Samba

A Império Serrano, uma das escolas de samba afetadas, afirmou que todas as fantasias para o Carnaval estavam na fábrica. Outras agremiações, como Unidos da Ponte e Unidos do Parque Acari, também relataram que suas produções estavam no local no momento do incêndio. As escolas União da Ilha do Governador e Unidos do Porto da Pedra confirmaram que tinham partes de suas produções sob responsabilidade da fábrica.