A lei que determina que hospitais de Belo Horizonte ofereçam uma dieta sem glúten a pacientes celíacos foi sancionada em 17 de janeiro deste ano. A legislação 11.820 considera também que os alimentos com possível contaminação cruzada devem ficar fora do cardápio de pessoas celíacas internadas.

Contexto da Legislação

Ângela Pereira de Abreu Diniz, presidente da Associação de Celíacos de Minas Gerais (Acelbra MG), destacou que essa conquista era uma luta antiga da comunidade. "Isso foi uma luta nossa muito antiga, sempre havia processos complicados dentro do hospital quando um celíaco chegava", afirmou.

Importância da Medida

A nova legislação é vista como uma garantia de direitos que oferece mais segurança tanto para os pacientes quanto para a equipe de saúde. Alergias ao glúten são uma condição autoimune que pode causar sérios problemas de saúde.

Desafios Anteriores

Antes da aprovação da lei, muitos familiares de pacientes celíacos frequentemente precisavam levar alimentos de casa ou acompanhar a internação de seus entes queridos para garantir que as restrições alimentares fossem respeitadas. Em algumas situações, os hospitais apresentavam refeições que continham glúten, sem a devida prevenção contra a contaminação cruzada. Isso gerava riscos significativos à saúde dos pacientes.

Repercussão e Expectativas Futuras

Com a nova legislação em vigor, espera-se que os hospitais estejam mais preparados para atender adequadamente os pacientes celíacos, evitando complicações em sua recuperação. A lei entra em vigor 90 dias após sua publicação, oferecendo um prazo para que as instituições se adequem às novas exigências.

Sobre a Doença Celíaca

A doença celíaca é uma condição autoimune que provoca intolerância ao glúten, proteína encontrada em muitos cereais, como trigo, cevada e centeio. O tratamento consiste na adoção de uma dieta rigorosa, que exclui completamente esses alimentos, além de estar atento a possíveis contaminações cruzadas.