Com um total de 73 votos a favor e 81 possíveis, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi oficialmente eleito presidente do Senado Federal na tarde deste sábado (1/2). A votação ocorreu durante uma sessão que começou por volta das 10h30 no plenário, com Alcolumbre sendo amplamente considerado o favorito para o cargo.

Retorno ao Comando do Senado

Com um histórico político notável, o senador retorna à liderança do Senado, posição que já ocupou entre 2019 e 2021. Aos 47 anos, Alcolumbre contou com o apoio de nove dos 12 partidos representados na Casa, além de três senadores do Podemos, cuja bancada foi liberada para votar. Os senadores Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE) receberam quatro votos cada um.

Apoio Generalizado

O respaldo a Alcolumbre é considerado quase unânime, incluindo apoio de governistas e opositores. Esta eleição, que também ocorreu em conjunto com a da Câmara dos Deputados, representa um retorno significativo para o político, que atualmente preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a mais importante da Casa.

Habilidade Política e Independência

Alcolumbre, de origem judaica, tem mostrado habilidade em construir alianças políticas que transcendem as divisões partidárias. Embora sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha sido próxima durante seu primeiro mandato como presidente do Senado, ele sempre manteve a independência nas decisões da Casa, mesmo em momentos tensos.

Perspectivas Futuras

Embora Alcolumbre continue a manter um diálogo aberto com o governo de Lula, ele deverá adotar uma postura mais independente, em contraste com seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que se aproximou do Executivo petista durante sua gestão.