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Começa julgamento de mãe suspeita de não proteger filho morto pelo padrasto
Em Belo Horizonte, mãe é julgada por omissão após morte do filho de um ano causada por agressões do companheiro.
Teve início na manhã desta segunda-feira (24/3), no 1º Tribunal do Júri, o julgamento de Larissa Estefane Nascimento da Silva, mãe de Pietro Emanuel Viana da Silva, de apenas um ano, que morreu em 23 de fevereiro de 2021 em decorrência de maus-tratos praticados por Dalmo Henrique, companheiro da mulher. O crime ocorreu na casa da família, localizada no Bairro Fazendinha, em Belo Horizonte.
Detalhes do crime
Segundo o processo, o padrasto usou meios cruéis e dificultou a defesa da vítima, agindo com intenção de matar. Ele espancou violentamente o bebê de um ano, causando diversos ferimentos descritos no laudo de necropsia, que indicam que as agressões foram a causa da morte da criança.
Investigação e omissão da mãe
As investigações apontam que a mãe tinha conhecimento das agressões constantes sofridas pelo filho, estando presente em muitas dessas ocasiões. Testemunhas relataram que a criança frequentemente apresentava ferimentos, e vizinhos ouviram gritos e choro excessivo do bebê.
O processo também indica que, no dia da morte, Larissa teria deixado o filho sozinho com Dalmo, omitindo-se de seu dever de proteger a criança e evitar o crime.
Contexto familiar e evidências médicas
Os documentos do processo descrevem que Larissa e Dalmo mantinham um relacionamento amoroso e conviviam com o bebê no endereço onde ocorreu o crime. Um exame realizado na criança na UPA Leste constatou uma grave fratura no úmero esquerdo, incompatível com a versão dada pela mãe, que afirmou que o filho havia caído do berço. Outros exames revelaram fraturas antigas já cicatrizadas.
Conclusão policial
O inquérito policial concluiu que o crime foi cometido com meio cruel, causando intenso e desnecessário sofrimento ao bebê. O julgamento da mãe está em andamento, com a expectativa de que a sentença seja anunciada ainda nesta segunda-feira.