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Em evento do Brics, Haddad defende taxação dos super-ricos do mundo
Na visão do ministro, a concentração de renda no mundo está atingindo patamares inimagináveis
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou nesta sexta-feira (4/7) a necessidade de aumentar impostos sobre os super-ricos durante a 10ª Reunião Anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como banco do Brics, que ocorre no Rio de Janeiro.
Redução histórica das alíquotas
Haddad destacou que, desde os anos 1970, houve uma grande diminuição nas alíquotas de impostos cobrados dos mais ricos em praticamente todo o mundo. "Devemos levar muito a sério o fato de que temos que reverter a redução de tributos que foi observada a partir de meados dos anos 1970, dos anos 1980, dependendo do país", afirmou. "Houve uma redução muito grande das alíquotas de impostos cobrados dos super-ricos, praticamente em todo o mundo. Isso precisa ser repensado", completou.
Concentração de riqueza global
O ministro ressaltou que a concentração de renda global está em níveis alarmantes. "Estamos falando de um planeta de 8 bilhões de habitantes, e 3 mil famílias acumulam uma riqueza da ordem de US$ 15 trilhões", disse Haddad.
Desafios fiscais globais
Haddad também mencionou que muitos países enfrentarão restrições fiscais importantes nos próximos tempos. Ele apontou que tanto a crise financeira de 2008 quanto a pandemia desorganizaram as finanças globais. "Mesmo com a possível redução das taxas de juros, que ainda demoram a reagir positivamente, ainda temos um quadro fiscal bastante preocupante, tanto do mundo desenvolvido quanto dos países devedores em moeda forte, como é o caso dos países da África, de algumas nações da Ásia e de algumas nações sul-americanas", explicou.
Posicionamento sobre o Supremo Tribunal Federal
Antes de seu discurso, Haddad concedeu entrevista na qual elogiou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) em decisões recentes, destacando a suspensão dos decretos do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Ele negou a existência de crise entre os Poderes no Brasil e comentou sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que suspendeu as decisões relacionadas ao IOF e marcou uma audiência de conciliação para o dia 15 com o objetivo de buscar uma saída negociada para o impasse. "A decisão do ministro Alexandre busca esse caminho de mostrar até que ponto cada Poder pode ir, delimitando constitucionalmente qual é o papel de cada Poder. Isso é ótimo para o país", declarou Haddad.