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Decisão do STF pode gerar nova disputa entre indígenas na comissão do Marco Temporal
Nova regra das 'sobras eleitorais' pode afetar representação indígena na comissão do Supremo sobre demarcação de terras
Na última quarta-feira, indígenas de diversas etnias realizaram protestos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra a votação do Projeto de Lei (PL) 490/2007. Este projeto visa estabelecer um marco temporal para a demarcação de terras indígenas e será discutido no plenário da Câmara dos Deputados.
Impacto da Decisão do STF
A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que alterou as regras de distribuição das chamadas “sobras eleitorais” não apenas impactará a composição da Câmara dos Deputados, mas também a representatividade indígena na comissão responsável pela discussão do Marco Temporal de demarcação de terras indígenas no tribunal.
Alterações na Composição da Câmara
Na semana passada, o STF estabeleceu um novo critério que irá resultar na perda de mandato para sete deputados eleitos em 2022, incluindo a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP), que atualmente faz parte da comissão do Marco Temporal. Sua vaga será ocupada por Aline Gurgel (PP-AP). Até o momento, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não se manifestou sobre a substituição.
Reações e Controvérsias
Célia Xakriabá (PSOL-MG), que atuou como suplente na comissão, expressou sua indignação em relação à decisão de Motta, apontando que, apesar de seu status de suplente, participou de 75% das reuniões, enquanto o titular, Lúcio Mosquini (MDB-RO), esteve presente apenas em duas ocasiões. Célia criticou a situação, chamando a ação de desrespeitosa e fazendo um paralelo com a história de violação de direitos indígenas.
Contexto Histórico
Em 2023, o STF já havia invalidado a tese do Marco Temporal, que limitava a demarcação de terras indígenas àquelas que estivessem sob posse dos povos desde 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. Contudo, o Congresso Nacional posteriormente revalidou essa tese. O ministro Gilmar Mendes negou pedidos para suspender a decisão do Congresso e criou uma comissão no STF para facilitar o diálogo sobre a questão.
Descontentamento e Desafios
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) decidiu se retirar da comissão em agosto do ano passado, afirmando que não havia paridade nas discussões. Apesar de tudo, o ministro Mendes mantém a comissão ativa, em busca de uma resolução para as tensões políticas atuais.