Na manhã desta quarta-feira (26/2), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) anunciou a conclusão do inquérito sobre o acidente trágico na BR-116, em Teófilo Otoni, que deixou 39 vítimas fatais e 11 feridos. Segundo as autoridades, o motorista da carreta e o proprietário da empresa de transportes enfrentam acusações de homicídio.

Detalhes do Acidente

O acidente ocorreu em 21 de dezembro de 2024 e envolveu uma carreta transportando blocos de granito. Quando o inquérito foi finalizado, a Polícia Civil determinou que fatores como excesso de peso e velocidade excessiva contribuíram para a tragédia. A carreta transportava 103 toneladas, o que representa 77% a mais do que o permitido, e estava viajando a 97 km/h, bem acima do limite de 60 km/h estabelecido.

Resultados das Investigações

O delegado Amaury Albuquerque enfatizou que a perícia confirmou que qualquer velocidade acima de 60 km/h aumentaria drasticamente o risco de tombamento da carga. “No dia da viagem, foram registrados picos de velocidade perigosos,” afirmou o delegado.

Consequências Legais

De acordo com o delegado César Cândido Neves Júnior, o motorista enfrentará acusações de homicídio doloso e lesão corporal, além de omissão de socorro e fuga do local do acidente. O proprietário da empresa também será responsabilizado por homicídio e falsidade ideológica devido à falsificação de documentos relativos ao transporte da carga.

Uso de Substâncias Proibidas

Exames toxicológicos comprovaram que o motorista havia consumido substâncias ilícitas, como ecstasy e cocaína, o que será considerado um agravante nos processos judiciais.

Investigações Futuras

A PCMG confirmou que simulações da dinâmica do acidente foram realizadas para entender melhor os eventos que levaram à colisão. Um vídeo foi produzido para detalhar as circunstâncias do incidente, demonstrando a gravidade da situação.

Impacto da Tragédia

Este acidente não apenas resultou em um número devastador de fatalidades, mas também destruiu famílias e levantou preocupações sobre a segurança nas rodovias, especialmente na BR-116, considerada uma das mais perigosas de Minas Gerais.