A auxiliar de serviços gerais Jéssica Hilarino, de 34 anos, procurou a Polícia Militar (PM) para relatar que traficantes do Bairro Icaivera, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, agrediram seu filho, Vitor Hugo Hilarino da Silva, de 17 anos. “Ele morreu nos meus braços”, desabafou Jéssica ao TV Sim Brasil nesta quinta-feira (13/2), informando que ela e uma das filhas receberam ameaças de morte.

O Ato de Violência

O boletim de ocorrência foi registrado no dia 6 de fevereiro, data em que ocorreu o assassinato. Em seu depoimento à PM, Jéssica relatou que, naquela noite, seu filho chegou em casa todo machucado e visivelmente nervoso. Segundo sua mãe, ele havia saído para jogar futebol no Residencial Icaivera II. Após tirar uma 'selfie', o jovem foi surpreendido por traficantes armados, que iniciaram as agressões.

Detalhes da Tragédia

“Antes de falecer, ele conseguiu me contar como tudo aconteceu. Esses criminosos acharam que meu filho estava tirando fotos deles para enviar a rivais. Ele recebeu uma chuva de socos e chutes na cabeça, mas conseguiu fugir por um momento. Um dos agressores disparou uma arma, mas a munição falhou”, revelou Jéssica, ressaltando que o filho não conhecia os homens que o atacaram.

Ação Após o Ataque

Após a violência, Vitor Hugo tentou se refugiar em uma área de mata que leva à sua casa. “Chamei o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não havia viatura disponível. Vi meu filho morrer diante dos meus olhos”, lamentou a mãe.

Ameaças e Medo

O adolescente havia completado 17 anos apenas dois dias antes de sua morte. Jéssica agora vive com o temor constante, já que ela e sua filha de 10 anos também foram ameaçadas de morte no dia do crime. “Recebi uma ligação de um número privado, onde a pessoa disse que nos mataria. Desde então, mantemos a casa trancada. Optei por ficar com parentes até decidir para onde me mudar. Só espero que as autoridades consigam identificar quem fez isso com meu filho”, desabafou.

Os Sonhos de Vitor Hugo

Segundo Jéssica, Vitor Hugo sonhava em se tornar jogador de futebol. “Estou vivendo apenas à base de remédios e não consigo dormir direito”, concluiu.

A Polícia Militar ainda não conseguiu identificar os responsáveis. O caso está sob investigação na 5ª Delegacia de Polícia Civil em Contagem, e a reportagem do TV Sim Brasil tentou contato com a assessoria policial, mas aguarda resposta.