A recente votação na Câmara Municipal de Belo Horizonte, onde o governo enfrentou uma derrota no veto do prefeito afastado Fuad Noman (PSD), foi vista como uma vitória pela administração municipal. Apesar do resultado expressivo de 28 votos contra e 12 a favor do governo, o retorno de três vereadores à base foi um aspecto positivo para a prefeitura.

Retorno dos Vereadores

Na votação realizada em 11 de fevereiro, os vereadores Janaína Cardoso (União), Wanderley Porto (PRD) e Marilda Portela (PL) se aliaram novamente ao governo, após terem se distanciado anteriormente. Esses parlamentares haviam votado no atual presidente da Câmara, Juliano Lopes (Podemos), em vez do líder do governo, Bruno Miranda (PDT), na eleição para a Mesa-Diretora ocorrida em 1º de janeiro, onde Juliano foi eleito com 23 votos.

Comunicação entre o Governo e a Câmara

O prefeito em exercício, Álvaro Damião, que assumiu a prefeitura após a internação de Fuad, tem mantido conversas frequentes com os vereadores desde o início de seu mandato. A comunicação entre Damião e Juliano Lopes, no entanto, foi limitada a um contato protocolar na primeira sessão da legislatura, em 3 de fevereiro.

Desafios para a Administração Municipal

A administração municipal enfrenta o desafio de assegurar a fidelidade de seus 19 apoiadores na Câmara, especialmente após a votação que revelou um novo cenário político. Tanto vereadores do PT quanto do PSOL, que historicamente se posicionam como independentes, votaram contra o governo, indicando uma possível insatisfação. O governo acredita que poderá negociar com esses parlamentares, já que uma nova secretaria foi criada e entregue ao PT.

Declarações dos Vereadores

Os vereadores Wanderley Porto e Janaína Cardoso explicaram seu retorno à base governamental. Janaína ressaltou a necessidade de serviços públicos em seu bairro, afirmando que "é complicado atuar na oposição". Wanderley, por sua vez, considerou seu retorno "natural" e destacou a importância de manter diálogos com o governo.

Próximos Passos na Câmara

Não há previsão de novas votações na Câmara para os próximos dias, com a Ordem do Dia ainda não publicada. Durante uma sessão recente, os vereadores expressaram insatisfação quanto aos pagamentos de emendas impositivas, um tema que permanece não resolvido, com atrasos desde 2022.