BRASÍLIA - O Congresso Nacional retoma os trabalhos neste sábado (1º) com duas tarefas: eleger os novos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Os escolhidos ficarão no cargo pelos próximos dois anos. No Senado, a decisão será tomada primeiro, com a sessão marcada para as 10h. Já na Câmara, os deputados definirão o novo comando a partir das 16h.

Cenário das Eleições

Os cenários já estão articulados, e as escolhas não devem trazer surpresas. No Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) deve passar o bastão para Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que enfrenta a concorrência de outros três candidatos. Se eleito, ele também se tornará chefe do Congresso Nacional.

Enquanto isso, Arthur Lira (PP-AL) encerra seu segundo mandato à frente da Câmara dos Deputados, e o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), já articula como conduzirá a Casa e quais apoios negociará após sua provável eleição pelo plenário.

Detalhes sobre a Disputa no Senado

Davi Alcolumbre se coloca na disputa para retornar ao cargo que ocupou entre 2019 e 2021. Com o apoio de dez partidos com representação no Senado, ele pode contar com 74 dos 81 votos necessários. Entre estes partidos estão: PSD, PL, MDB, PT, União Brasil, PP, PSB, Republicanos, PDT e PSDB.

No entanto, espera-se que haja dissidências, como a do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), que registrou sua candidatura independentemente do apoio do seu partido a Alcolumbre. Os outros candidatos no Senado incluem Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos do Val (Podemos-ES), ambos sem o respaldo das suas respectivas siglas.

Expectativas na Câmara dos Deputados

A eleição de Hugo Motta na Câmara dos Deputados é considerada praticamente certa. Ele obteve o apoio de Arthur Lira e de 18 bancadas partidárias, que juntas representam 496 dos 513 deputados, superando os 257 votos necessários para sua eleição. No entanto, a votação é secreta, e isso pode impactar o resultado final.

Os adversários de Motta na corrida são Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), que pertencem às únicas duas bancadas que não declararam apoio ao líder do Republicanos. O apoio massivo a Motta, juntando partidos de diferentes espectros, o coloca como uma opção viável no colégio de líderes.