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Fusão entre Gol e Azul pode aumentar preço das passagens aéreas, alerta presidente da Aena Brasil
Santiago Yus destaca possíveis impactos negativos da fusão para aeroportos menores e explica planos de expansão do aeroporto de Congonhas
Uma possível fusão entre as companhias aéreas Gol e Azul pode intensificar a concentração do setor aéreo no Brasil, elevando o preço das passagens e dificultando as operações em aeroportos menores, alerta Santiago Yus, diretor-presidente da Aena Brasil. A empresa espanhola administra o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
Riscos da concentração no setor aéreo
Em janeiro, Gol e Azul assinaram um memorando de entendimento para a fusão, sujeita à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Segundo Yus, "a gente tem aeroportos lá na ponta, no Pará, em Ponta Porã (MS)... É difícil manter algumas operações. Se essa resultante [da fusão] fizer com que alguma estratégia mude, poderíamos ter alguma dificuldade a mais." Ele ressalta que a concentração pode levar ao aumento das passagens e menor conectividade.
Investimentos e expansão em Congonhas
Congonhas é o principal aeroporto sob concessão da Aena no Brasil, e está passando por um ciclo de investimentos e expansão. A expectativa é que o terminal, que recebeu 23 milhões de passageiros em 2024, alcance cerca de 30 milhões até 2030. Para isso, a infraestrutura será ampliada para acomodar aeronaves maiores, como o Airbus A321, aumentando a capacidade de passageiros sem impactar a segurança.
Medidas para melhorar a operação
A Aena decidiu reduzir as operações da aviação executiva e proibiu a presença de jatinhos na pista principal de Congonhas para melhorar a pontualidade e a receita do aeroporto. "A aviação executiva faz um transporte de um, dois, três, oito, dez pessoas. Um avião comercial, no mínimo, são 120, 130 pessoas", explica Yus, justificando a priorização da aviação comercial.
Integração com transporte público e sustentabilidade
A chegada da Linha 17-Ouro do metrô, prevista para 2026, deve facilitar o acesso ao aeroporto, com integração direta ao terminal via túnel. Isso ajudará a reduzir o uso de carros, impactando positivamente o trânsito local. Além disso, a Aena vem implementando políticas de incentivo para o uso de aeronaves mais eficientes e tecnologias para reduzir ruídos.
Contexto econômico e compromisso com obras
Apesar do aumento da taxa Selic, que eleva os custos de financiamento, Yus afirma que a Aena tem margens suficientes para cumprir os investimentos planejados. "Não estamos preocupados que possa ter um impacto sobre o processo das obras, e a gente cumprirá com as nossas obrigações de entrega. Nosso compromisso é esse."
Projetos da Aena no Brasil
Além de Congonhas, a Aena administra aeroportos no Nordeste e outras regiões, onde concluiu recentemente um ciclo de investimentos e continua buscando ampliar a conectividade regional e internacional. A digitalização dos serviços e o desenvolvimento de novas áreas comerciais também fazem parte do portfólio de melhorias.