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Dólar fecha em R$ 5,751 e Bolsa cai com tarifas dos EUA e declarações de Haddad
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Dólar fecha em R$ 5,751 e Bolsa cai com tarifas dos EUA e declarações de Haddad

Mercado reage a tarifas anunciadas pelos EUA e a falas do ministro da Fazenda sobre o arcabouço fiscal brasileiro

Por Admin

04/10/2025 22:04 · Publicado há 2 dias
Categoria: Economia

O dólar encerrou a segunda-feira (24) cotado a R$ 5,751, refletindo uma alta de 0,63% em meio a uma sessão marcada por anúncios de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e por declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o arcabouço fiscal brasileiro. A Bolsa de Valores também registrou queda, fechando em baixa de 0,77%, aos 131.321 pontos.

Falas de Haddad sobre arcabouço fiscal

Durante um evento promovido pelo jornal Valor Econômico, Haddad afirmou estar "confortável" com o funcionamento do arcabouço fiscal, ressaltando que, embora sejam necessários "ajustes na máquina" para manter a eficácia do sistema, não vê necessidade de alterar a arquitetura fiscal atual. Ele declarou: "Depois, quando você estiver numa situação de estabilidade da dívida (em relação ao) PIB, você tiver uma Selic mais comportada e uma inflação mais comportada, você vai poder mudar os parâmetros (que balizam o arcabouço). Mas, na minha opinião, não deveríamos mudar a arquitetura".

O ministro também indicou que novas medidas para reforçar o arcabouço, como os cortes de gastos realizados no final do ano anterior, podem ser consideradas a médio e longo prazo.

Repercussão no mercado cambial

As declarações de Haddad causaram movimentação no mercado cambial. O dólar alcançou a máxima de R$ 5,772 pouco antes das 10h, momento em que o mercado interpretou que o governo poderia modificar as metas fiscais. O chefe de renda variável da Veedha Investimentos, Rodrigo Moliterno, avaliou que "gerou um pouco de ruído, dado que ele reforçou que vai perseguir o arcabouço, mas que não se muda a arquitetura, só uma ou outra coisa".

Posteriormente, Haddad usou a rede social X (ex-Twitter) para esclarecer suas falas: "Estão tentando distorcer o que eu falei. Disse que gosto da arquitetura do arcabouço fiscal, que estou confortável com os seus atuais parâmetros e que defendo reforçá-los com medidas como as do ano passado". Ele acrescentou: "Para o futuro, disse que os parâmetros podem até mudar, se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas que foram estabelecidas pelo atual governo".

Contexto internacional e impacto das tarifas dos EUA

O aumento do dólar e o comportamento do mercado também foram influenciados pelo anúncio do presidente Donald Trump, que declarou que os Estados Unidos aplicarão tarifas de 25% sobre todas as importações de países que comprarem petróleo da Venezuela. A medida, que entrará em vigor a partir de 2 de abril, tem potencial para desestabilizar o mercado global de petróleo e aumentar os impostos sobre produtos vindos da China e da Índia.

O petróleo tipo Brent, referência global, subiu 1,34% em resposta a essa decisão. Trump justificou as tarifas alegando motivos de segurança nacional, mencionando que "a Venezuela enviou proposital e enganosamente aos Estados Unidos, disfarçados, dezenas de milhares de criminosos de alto escalão e outros, muitos dos quais são assassinos e pessoas de natureza muito violenta".

Perspectivas para o mercado e economia

O anúncio das tarifas integra um pacote de medidas tarifárias mais amplo, aguardado para a próxima semana, que visa estabelecer uma reciprocidade tarifária em resposta às taxas impostas por parceiros comerciais. Países como Japão, Índia, União Europeia e Brasil estão entre os principais alvos dessas ações.

Especialistas destacam que a situação permanece fluida, sem decisões finais quanto à exclusão ou adiamento de tarifas para certos setores. Há temores de que a escalada da guerra comercial possa distorcer cadeias globais de suprimentos, elevando preços e podendo levar a uma recessão, especialmente nos Estados Unidos e outras economias avançadas.

Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da Stone X, comenta que "o ambiente externo inspira cautela e aversão ao risco, o que pode privilegiar a busca por ativos considerados portos seguros para momentos de estresse e incerteza, como ouro, franco suíço e iene japonês. Isso é um fator de pressão para o real".

Além disso, se o tarifaço elevar o custo de vida nos EUA, a luta do Federal Reserve contra a inflação pode ser prejudicada, levando à manutenção das taxas de juros elevadas. O presidente do Fed, Jerome Powell, ressaltou que "é muito cedo para ver efeitos significativos das tarifas", mas que "o progresso na inflação pode ser adiado por causa delas" e que "boa parte das projeções de alta deriva da política tarifária".

Especialistas apontam para um cenário de estagflação, caracterizado por inflação elevada e crescimento econômico estagnado.

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