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Produtor de Ibiá conquista registro do IMA e amplia mercado do Queijo Minas Artesanal
Com apoio da Emater-MG, jovem regulariza queijaria da família e transforma tradição em negócio promissor na região de Araxá
O produtor mineiro João Paulo de Assis Caixeta, do município de Ibiá, teve sua trajetória transformada com o suporte da Emater-MG. Sua queijaria Realeza do Jersey acaba de conquistar o registro oficial do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o que possibilita a expansão dos mercados para o Queijo Minas Artesanal (QMA) produzido em sua propriedade.
Tradição e apoio técnico
Ibiá integra a região de Araxá, oficialmente reconhecida pela produção do Queijo Minas Artesanal. João Paulo ressalta o papel da Emater-MG no processo: "A Emater-MG nos ajudou desde a elaboração até a construção da queijaria. Recebemos orientações técnicas sobre bovinocultura, curso de boas práticas e apoio na rotulagem. Sou muito grato à equipe que foi pilar nessa conquista".
Processo de regularização e certificação
O processo de regularização da queijaria segue etapas que atendem às normas específicas para cada propriedade. Lilian Cristina Andrade de Araújo, pesquisadora da Emater-MG, destaca a relevância da certificação: "A queijaria registrada está apta à comercialização a nível nacional, já que apresenta a concessão do Selo Arte também. Garante ainda a segurança para o consumidor, pois o selo de inspeção atesta a qualidade e a procedência da iguaria".
Empreendedorismo e legado familiar
Há mais de cinco anos, João Paulo produz queijos para amigos e familiares, e desde 2024 tramita o processo de habilitação sanitária. Com os registros em mãos, ele planeja alcançar novos mercados, ampliar a produção, participar de concursos e aperfeiçoar a qualidade do produto.
Inspirado na bisavó, que fazia queijos artesanais, e motivado pelos pais, João Paulo deixou uma carreira corporativa em Uberlândia para investir na queijaria da família, inicialmente com apenas quatro metros quadrados. Ele afirma: "Nunca pensei que me tornaria um produtor rural, muito menos na área de queijos. Mas minha paixão pelo empreendedorismo, a vontade de levar uma vida longe da correria da cidade grande e a oportunidade de dar continuidade a um legado da minha família fizeram eu mudar de opinião".
Produção atual e perspectivas
João Paulo e sua esposa, Ádila Caixeta, produzem semanalmente 40 queijos Minas Artesanal, com 14 dias de maturação. Logo pretendem iniciar testes de maturação com 30 e 60 dias. Atualmente, cerca de 200 quilos são vendidos mensalmente em municípios como Ibiá, Nova Ponte e Uberaba.
A qualidade do produto é atribuída ao leite das vacas da raça Jersey e à herança sensorial preservada. "Pessoas que provaram os queijos feitos por minha bisavó reconhecem o sabor no atual", conta o produtor. Sua mãe, Aline Maria de Freitas Caixeta, destaca a importância do legado: "É uma forma de honrar o esforço e a dedicação dos antepassados, contribuindo para um sentimento de orgulho e conexão".