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Vending machines ganham espaço no franchising com modelo de microfranquia de baixo custo e alta circulação
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Vending machines ganham espaço no franchising com modelo de microfranquia de baixo custo e alta circulação

Redes como FarMelhor e Balcão Urbano apostam em máquinas automáticas para ampliar presença física em locais de grande fluxo, focando em conveniência e escalabilidade

Por Admin

19/07/2025 11:30 · Publicado há 7 horas
Categoria: Economia

Em uma calçada movimentada do bairro Buritis, em Belo Horizonte, uma vending machine opera 24 horas vendendo cigarros de palha e isqueiros. Se esses produtos podem ser comercializados automaticamente, por que não um simples paracetamol? A resposta está na regulação da Anvisa, mas essa reflexão destaca um movimento: as vending machines estão deixando de ser apenas máquinas de snacks e se consolidando como um modelo de microfranquia enxuto, escalável e adaptado ao consumo urbano.

Expansão com baixo investimento

Redes como FarMelhor e Balcão Urbano apostam nesse formato para expandir a presença física com investimento reduzido e foco em conveniência. A FarMelhor, rede nacional de drogarias sediada em Minas Gerais, apresentou seu projeto de vending machines na ABF Expo 2025 como uma nova frente de microfranquias. O modelo é voltado para locais de grande circulação, como hospitais, aeroportos, faculdades e estações de transporte.

Segundo o CEO da rede, Renan Reis, a operação foi estruturada com o apoio de parceiros técnicos. “Entendemos do varejo farmacêutico, mas da operação do machine a gente não tem essa expertise. Por isso buscamos empresas parceiras que pudessem dar suporte”, afirmou.

Funcionamento e regulação

As máquinas foram configuradas para operar dentro dos limites permitidos pela legislação sanitária. “No Brasil, a Anvisa não permite a comercialização de medicamentos isentos de prescrição fora de uma drogaria com presença de farmacêutico. Então levamos para a vending machine produtos de perfumaria, higiene, beleza, primeiros socorros e vitaminas, dentro do que é permitido”, explicou Reis.

Resultados e tecnologia

Nos testes iniciais, realizados com unidades descaracterizadas, uma operação instalada em um pequeno aeroporto registrou faturamento médio entre R$ 15 mil e R$ 20 mil por mês, com margem líquida de 20%. “A gente prevê um payback a partir de 30 meses”, disse o executivo. O investimento inicial por máquina é estimado em R$ 50 mil.

As vending machines da FarMelhor contam ainda com QR Code integrado, que permite ao consumidor acionar o delivery da loja mais próxima caso o item desejado não esteja disponível na máquina. “Se estou no hospital, preciso de um shampoo ou curativo, pego na machine. Mas se estou com dor de cabeça e não tem o produto, leio o QR Code e recebo da loja mais próxima”, exemplificou.

As primeiras unidades estão sendo implantadas em Minas Gerais e São Paulo. Antes de abrir o modelo a franqueados, a rede pretende operar diretamente cerca de 20 máquinas. Além disso, a empresa estuda o uso das máquinas como espaço de mídia, exibindo publicidade própria em telas instaladas nas unidades.

Outras iniciativas da FarMelhor

Além das vending machines, a FarMelhor testa outros formatos físicos, como drogarias em aeroportos, lojas em atacarejos e containers em rodovias e estacionamentos. “Hoje nós temos nove drogarias em aeroportos. Se o atacarejo tem espaço físico, colocamos a drogaria dentro. Se não tem, instalamos container na entrada ou saída”, explicou o CEO. A rede, com atuação nacional e maior presença no Sudeste, mantém planos de expansão para o Norte e Nordeste do Brasil.

Modelo do Balcão Urbano

O Balcão Urbano surgiu durante a pandemia com a proposta de transformar vending machines em canais de venda para varejo e indústria. Segundo o diretor-executivo Marcel Magalhães, o desafio inicial foi testar os melhores produtos e pontos estratégicos para as máquinas. A empresa atua como franqueadora oferecendo estrutura completa para o operador, incluindo tecnologia, ponto de venda, controle de estoque e operação remota.

“Os números mostram que as chances de sucesso são muito maiores com uma franquia. O franqueado recebe capacitação, suporte constante e escala, o que reduz drasticamente o risco de erro.” O modelo elimina a necessidade de estoque local, funcionários e reformas. A meta da empresa é capacitar mil novos franqueados até 2031.

O suporte inclui orientação em operação, contabilidade, prospecção de clientes e estratégia comercial. Marcel destaca quatro pontos fundamentais para o sucesso: capacitação constante, recalcular a rota sempre, acompanhar indicadores diariamente e focar em vendas.

Perspectivas para o franchising

Com crescimento acelerado, o Balcão Urbano prevê ultrapassar 1.000 operações até 2026 e alcançar 5 mil até o final da década. A virada estratégica da empresa ocorreu em 2024, quando passou a fornecer vending machines para grandes marcas como Ambev, Eurofarma e Nestlé. “Ter essas empresas no nosso portfólio foi fundamental para o crescimento. Foi um momento muito marcante para o time inteiro”, afirmou Marcel.

Essas iniciativas refletem um movimento mais amplo de digitalização e automação do varejo, agora incorporado ao sistema de franquias. Apesar das limitações na comercialização de certos produtos, as vending machines continuam se expandindo como uma alternativa de baixo custo e operação simplificada para marcas que desejam estar próximas do consumidor em diversos locais.

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