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Principais produtos afetados pelas tarifas de Trump em diversos países
Tarifas impostas pelos Estados Unidos impactam exportações de países como Brasil, União Europeia, Canadá e outros.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou cartas a 24 países e à União Europeia (UE) ameaçando impor tarifas mais altas caso não sejam fechados acordos comerciais até 1º de agosto. As taxas variam em relação às anunciadas em abril, quando Trump apresentou um plano de tarifas "recíprocas". Desde então, a maioria dos países já enfrenta uma tarifa mínima de 10% sobre importações, além de outras medidas setoriais.
Impactos no Brasil
Para o Brasil, foi anunciada uma tarifa de 50%, afetando importações dos EUA de petróleo, produtos de ferro, café e suco de fruta. O Brasil não foi ameaçado com o aumento da taxa "recíproca" em abril, mas enfrenta a tarifa base de 10% nos últimos três meses. Em resposta, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, mencionou a possibilidade de acionar a lei de reciprocidade econômica, que permite suspender acordos comerciais, e ressaltou que os EUA tiveram superávit comercial de mais de US$ 410 bilhões com o Brasil nos últimos 15 anos.
Tarifas e principais produtos afetados em outros países
Myanmar terá uma tarifa de 40%, reduzida em relação aos 44% anunciados em abril, afetando exportações de roupas, artigos de couro e frutos do mar. Laos sofrerá tarifa de 40%, abaixo dos 48% anteriores, impactando sapatos, móveis, componentes eletrônicos e fibra óptica. Camboja terá tarifa de 36%, para produtos têxteis, roupas, calçados e bicicletas.
Tailândia mantém tarifa de 36%, afetando peças de computador, produtos de borracha e pedras preciosas, e apresentou proposta para negociações tarifárias. Bangladesh terá tarifa de 35%, abaixo dos 37% anteriores, que atingirá produtos de vestuário.
Canadá enfrenta tarifa de 35%, aumento ante os 25% anteriores, que afetará petróleo, derivados, carros e caminhões. Sérvia terá tarifa de 35%, impactando software, serviços de TI e pneus. Indonésia manterá tarifa de 32% sobre óleo de palma, manteiga de cacau e semicondutores.
Argélia, Bósnia e Herzegovina, União Europeia, Iraque, Líbia, México, África do Sul, Sri Lanka, Brunei, Moldávia, Japão, Casaquistão, Malásia, Coreia do Sul, Tunísia e Filipinas também terão tarifas variadas entre 20% e 35%, afetando diferentes produtos como petróleo, automóveis, vestuário, eletrônicos, produtos químicos, alimentos e metais preciosos.
Reações e negociações
Autoridades dos países afetados expressaram preocupações e ressaltaram a importância de negociações para evitar maiores impactos. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que as tarifas prejudicam cadeias essenciais e que a UE está pronta para negociar e aplicar contramedidas, se necessário. Diversos países, incluindo Brasil, Tailândia, Bangladesh, Canadá e Coreia do Sul, sinalizaram disposição para dialogar visando acordos comerciais antes do prazo estabelecido.