{{noticiaAtual.titulo}}

Fonte da imagem: https://otempo.scene7.com/is/image/sempreeditora/economia-agronegocio-producao-crescimento-1751295582?qlt=90&ts=1751295683134&dpr=off
Taxa de Juros de 15% Pode Impactar Produção e Crescimento do Agro em 2025
Avaliação foi feita durante apresentação dos resultados econômicos da agropecuária em Minas Gerais.
A previsão de que a taxa básica de juros, a Selic, se mantenha em 15% pode afetar negativamente o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário. Essa análise foi realizada por representantes da área durante uma coletiva na qual foram apresentados os resultados econômicos de 2024. Neste período, a agropecuária mineira registrou um aumento de 10%, totalizando R$ 235 bilhões em riquezas.
Impacto da Taxa de Juros
Antônio Pitangui de Salvo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), destacou que, somado a fatores climáticos, como a estiagem que afetou os últimos dois anos, a alta taxa de juros contribuiu para uma queda de 0,5% na produção observada no ano anterior. Além disso, houve uma redução de 5,6% no primeiro trimestre deste ano.
Insegurança no Setor
Salvo afirmou: “Existe uma insegurança institucionalizada no Brasil que faz com que o produtor se sinta inseguro para investir. Portanto, o investimento e a capacidade produtiva estão diretamente relacionados à confiança do produtor em continuar suas atividades.” Ele enfatizou a importância de um ambiente econômico e político favorável para garantir segurança aos investimentos no campo.
Desafios e Projeções para 2025
Segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, o atual cenário de crédito agrícola é limitante para os investimentos nas propriedades rurais. Ele afirmou: “O otimismo sempre nos permeia, mas as condições atuais, especialmente relacionadas ao crédito agrícola e as questões climáticas, indicam que esse cenário deve permanecer desafiador.”
Crescimento do PIB em 2024
O crescimento de 10% na arrecadação do setor no ano anterior foi impulsionado pela inflação sobre as commodities agrícolas, em especial o café, cujo preço subiu mais de 80% devido a quebras na produção. Em 2024, as exportações do café totalizaram US$ 7,9 bilhões, com o embarque de 31 milhões de sacas. Raimundo Leal, pesquisador da Fundação João Pinheiro, alertou que a recuperação da produção em patamares elevados pode levar tempo e será necessária a adoção de novas tecnologias para mitigar o impacto das mudanças climáticas.