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Atração de Investidores Estrangeiros pela Caixa Seguridade
Como a empresa de seguros da Caixa Econômica Federal conseguiu mobilizar capital estrangeiro para seu follow-on.
A Caixa Seguridade, que é a companhia de seguros vinculada à Caixa Econômica Federal, não se deixou abater pela atual instabilidade na B3, a bolsa de valores brasileira, e decidiu realizar seu follow-on no final de março. O follow-on é uma nova oferta de ações que uma empresa já listada faz no mercado. O intuito da Caixa Seguridade era captar 20% de seu capital disponível na bolsa, visando adequar-se de forma definitiva ao Novo Mercado da B3, uma seção que congrega empresas que possuem altos padrões de governança e transparência.
Resultados da Oferta
A operação resultou em um montante de R$ 1,2 bilhão, com investidores estrangeiros adquirindo 50% das ações da companhia. Em entrevista, Felipe Montenegro Mattos, presidente da Caixa Seguridade, atribuiu o êxito da oferta a um intenso trabalho de aproximação com os investidores e à colaboração próxima das instituições UBS e Bank of America (BofA), que facilitaram a comunicação com os investidores internacionais. "Realizamos cerca de 300 reuniões com investidores e analistas de bancos apenas este ano. Em duas semanas, antecedendo o follow-on, foram mais de cem encontros", destacou Mattos.
Estratégia de Comunicação
Desde sua nomeação como presidente da empresa em 2023, Mattos notou a necessidade de aumentar a presença da companhia em eventos e gerar maior interesse no mercado, o que resultou em uma expansão na cobertura da Caixa Seguridade nas ações, passando de quatro para treze instituições financeiras que monitoram seus resultados. "Fizemos um IPO de sucesso em 2021, mas a empresa acabou se acomodando e focou em melhorar seus processos interna e não se divulgou adequadamente. Meu objetivo foi dar mais visibilidade ao nosso case para os investidores. O nosso trabalho principal é sermos conhecidos, mais do que convencer os investidores", afirmou.
Mercado Previsto e Comparativo
Mattos também ressaltou como a previsibilidade do mercado de seguros no Brasil, em comparação ao dos Estados Unidos, favoreceu a atração de investidores estrangeiros. Ele explicou que o Brasil possui linhas de seguros bastante previsíveis, como o seguro habitacional, que é o carro-chefe da empresa, oferecendo prazos de até 35 anos para pagamentos mensais. Diferentemente, a Caixa Seguridade não atua em áreas de alto risco, como seguros automotivos ou rurais, o que contribui para a previsibilidade de seus resultados. "Nosso resultado operacional é superior ao financeiro, ao contrário do que é comum em seguradoras dos EUA, onde geralmente ambos são equilibrados", comparou.
Futuro da Caixa Seguridade
Apesar da aproximação com investidores internacionais e da crescente circulação de informações sobre a empresa, Mattos descartou a possibilidade de listar a Caixa Seguridade na bolsa americana. "Esse debate não existe", finalizou.