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Advogados de Bolsonaro comparam denúncia do golpe à Lava Jato em defesa na PGR
Defesa critica métodos utilizados por Sergio Moro e procura legitimar os procedimentos da atual investigação.
Em um movimento estratégico, a defesa de Jair Bolsonaro não mencionou diretamente a Lava Jato nas 129 páginas entregues ao STF, mas alinhou argumentos que visam deslegitimar as práticas adotadas pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos procuradores da operação. Os advogados, liderados por Celso Vilardi, argumentam que as práticas utilizadas na atual denúncia de golpe são semelhantes às que levaram à condenação do ex-presidente Lula, principal rival político de Bolsonaro.
Fundamentos da Defesa
Na manifestação, a defesa de Bolsonaro apresentou a decisão do STF que declarou a parcialidade de Moro em investigações contra Lula, resultando na anulação das condenações do petista e sua libertação. Agora, a situação de Bolsonaro é comparada à de Lula: denunciado e impedido de concorrer em 2026, aguardando uma possível condenação no STF que poderia resultar em prisão.
Imparcialidade e Coleta de Provas
Os advogados questionam a imparcialidade do juiz responsável, ressaltando que ele não deveria participar na produção ou coleta de provas durante as investigações. Eles mencionam o fato de que o ministro relator, Alexandre de Moraes, interrogou um ex-assistente de Bolsonaro durante os depoimentos, um ponto que a defesa considera problemático.
Críticas à PGR
A defesa também acusou a Procuradoria-Geral da República de realizar um "document dump", o que significa apresentar um grande volume de documentos não relacionados diretamente à controvérsia, dificultando a defesa. Os advogados contaram 81 mil páginas de provas anexas à denúncia, que, segundo eles, não foram organizadas de maneira clara.
Contexto Histórico
Além disso, a defesa de Bolsonaro argumenta que a PGR emprega uma "fishing expedition" ao realizar investigações sem foco definido, prática que foi condenada por defensores de réus durante a Lava Jato. Bolsonaro, que anteriormente elogiou as operações de Moro, agora se vê em uma posição vulnerável, após uma série de ações que visam deslegitimar as acusações contra ele.