A Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos, optou por não reabrir imediatamente as investigações sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Em vez disso, a comissão planeja ouvir os familiares do fundador de Brasília antes de tomar uma decisão final.

Causa da Morte em Debate

A decisão da comissão é um retrocesso, já que havia grande expectativa sobre a reabertura do caso. O impacto desta demora pode levar à desistência do processo, gerando descontentamento entre aqueles que buscam esclarecer as circunstâncias da morte de JK, ocorrida em 1976 na Via Dutra. As causas do acidente são consideradas controversas e envolvem questões que ainda não foram completamente resolvidas.

Consultando as Famílias

Os membros da comissão decidiram que as famílias de JK e do motorista Geraldo Ribeiro devem ser consultadas para expressar seu desejo de participar do processo investigativo. "A possibilidade de rediscussão do caso será discutida com as famílias afetadas e analisada conforme a legislação pertinente ao tema de memória e verdade", afirmaram os integrantes em uma reunião recente.

Reações e Expectativas

Gilberto Natalini, ex-vereador e presidente da Comissão da Verdade Municipal de São Paulo, expressou sua frustração com a decisão, argumentando que existem evidências que sugerem que a colisão não foi um mero acidente. Ele destacou que a situação representa uma "covardia histórica" que se repete desde a administração de Dilma Rousseff.

Novas Informações e Suspeitas

A decisão de convocar uma reunião para discutir a reabertura do caso surgiu após informações das comissões da Verdade de São Paulo e Minas Gerais. As diligências feitas durante a ditadura militar inicialmente classificaram a morte de JK como um acidente. Contudo, novas evidências levantam a possibilidade de sabotagem mecânica ou até mesmo um tiro disparado contra o veículo, indicando que a investigação ainda é necessária.