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Afinal, Lula pode falar por Marina?
Debate sobre exploração de petróleo na foz do rio Amazonas gera tensões no governo.
Ao aceitar o cargo de ministra do Meio Ambiente no terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Marina Silva não imaginava que enfrentaria novamente a situação desconfortável de não poder se manifestar sobre um tema tão crítico para o meio ambiente, como a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas.
Expectativas e Realidade
Marina, que retornou à pasta em 2023 após deixá-la em 2008 em desavença com Lula e o PT, acreditava que uma nova postura do presidente em relação à questão ambiental tornaria sua experiência diferente. Ela esperava que Lula não priorizasse questões econômicas em detrimento da preservação ecológica.
Tensões no Governo
O tema da exploração de petróleo gerou repercussões internacionais e desconforto entre Lula e Marina, especialmente com a COP-30 se aproximando, marcada para novembro em Belém. No dia 14 de fevereiro, Lula afirmou que Marina “jamais seria contra” a exploração de petróleo na margem equatorial, assegurando que ela é “uma pessoa inteligente”. Essa declaração impediu que a ministra, figura respeitada no meio ambiental, expressasse livremente sua opinião sobre o assunto.
Divisão sobre a Exploração
Desde que se reuniu com Davi Alcolumbre, presidente do Senado, que é favorável à exploração a ser feita pela Petrobras, Lula intensificou a pressão pela liberação da licença atualmente retida pelo Ibama. Ele chegou a criticar o órgão, dirigido por Rodrigo Agostinho, aliado de Marina, chamando-o de "lenga-lenga". Enquanto isso, Marina tenta distanciar-se do debate, alegando que a decisão sobre a exploração é de competência do CNPE, presidido pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Posição de Marina Silva
Na mesma data, Marina reiterou sua conhecida posição em favor da transição para a redução da exploração de combustíveis fósseis. Sua firmeza em defender a proteção ambiental a torna vista como uma figura radical, dificultando o diálogo com legisladores de diversas partes do governo.