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Fraude no DPVAT envolve médico e dono de funerária em Minas Gerais
Operação "Sinistro Fantasma" revela esquema de fraudes em indenizações do seguro DPVAT.
Um menino de 6 anos recebeu o seguro DPVAT no valor de R$ 13,4 mil, embora o boletim de ocorrência fizesse menção a "pequenas escoriações" no acidente. O laudo médico fraudado indicava que o "paciente" estava "gestante", evidenciando a adulteração do documento. Este caso do "menino grávido" foi uma das fraudes desmanteladas durante a Operação "Sinistro Fantasma", realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (13/2), que desarticulou um esquema de fraudes no Seguro Obrigatório por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) nos municípios mineiros de Jaíba e Janaúba, no Norte de Minas.
Desdobramentos da Operação
A operação resultou na execução de três mandados de busca e apreensão em locais relacionados aos denunciados, incluindo escritórios e residências. Documentos, celulares e computadores foram apreendidos. O grupo criminoso utilizava documentos falsificadas para solicitar indenizações indevidas, provocando sérios danos ao sistema do seguro obrigatório.
Investigação e Descobertas
As investigações começaram em 2021, mas foram descobertos indícios de que o esquema fraudulento funcionava desde 2017. Um médico de Janaúba foi identificado como um dos culpados, emitindo laudos periciais falsificados para facilitar os pagamentos. O principal suspeito de liderar a operação é um dono de funerária em Jaíba.
Montante Desviado
Conforme informações do Estado de Minas, o grupo desviou pelo menos R$ 736 mil utilizando documentos falsos para simular acidentes que nunca ocorreram. As apurações tiveram início após denúncias da Caixa Econômica Federal, que notou irregularidades em requisições de indenização do DPVAT.
Métodos Fraudulentos
Segundo a Polícia Federal, o esquema incluía a criação de boletins de ocorrência e laudos médicos falsos para reivindicar indenizações. Em várias situações, as supostas vítimas não estavam envolvidas nos incidentes descritos, e as lesões indicadas não condiziam com os relatos. Um detalhe alarmante foi a descoberta de que uma mesma motocicleta estava registrada em 21 acidentes diferentes, com condutores distintos, em menos de um ano.
Consequências Legais
Os indivíduos envolvidos no esquema podem ser processados por estelionato qualificado, com pena de até seis anos de reclusão.