A Justiça de Alagoas determinou que uma mulher, ganhadora de R$ 103 milhões na Mega-Sena, não está obrigada a dividir o prêmio com seu ex-marido. O caso envolve uma ex-dona de uma barraca de lanches e um motorista de kombi, que começaram a namorar em abril de 2020. O casal se noivou em agosto e, em outubro do mesmo ano, a mulher acertou os números da sorte.

O Casamento e a Separação

O casal se casou no mesmo mês em que a mulher ganhou na loteria, mas a união durou apenas nove meses, terminando em razão de desavenças. Durante o divórcio, foi estabelecida a separação total de bens. Mesmo assim, a mulher decidiu dar ao ex-marido R$ 10 milhões e R$ 1 milhão para cada um dos filhos dele, antes de mudar de cidade.

A Reivindicação na Justiça

Cerca de um ano após a separação, o ex-marido recorreu à Justiça, pedindo R$ 66 milhões, que correspondem à metade do prêmio, além de uma indenização por danos morais e materiais. Ele argumentou que eles tinham uma união estável antes do casamento, o que justificaria a divisão dos bens.

Defesa da Vencedora

A mulher, por sua vez, negou a alegação de coabitação, afirmando que vivia em sua barraca de lanches após ter sido despejada de uma casa alugada, enquanto o ex-marido residia em outra localidade com a irmã. Ela também mencionou ser evangélica e negou qualquer intimidade antes do matrimônio.

Decisão Judicial

A sentença final da Justiça foi favorável à mulher, garantindo que ela não precisaria compartilhar a quantia milionária com o ex-parceiro.