A diplomacia mundial continua em um estado de espera, sem um interlocutor oficial para negociações no governo americano. Enquanto isso, o Itamaraty trabalha para evitar declarações que possam complicar as tratativas relacionadas à taxação de aço e alumínio.

Contexto Atual

A recente indicação do advogado Jamieson Greer para o cargo de representante comercial dos Estados Unidos (USTR) foi aprovada por um comitê do Senado, mas ainda espera a confirmação do plenário. Greer, com histórico na administração Trump, declarou que irá revisar acordos como o da China e defende um aumento na produção interna americana.

Expectativas e Estratégias

Um diplomata brasileiro comentou: “Não há interlocutor ainda. Greer ainda vai ser aprovado, chegar no cargo e nomear equipe. Isso só reforça nossa visão de que não há motivo para ansiedade.” Com isso, os diplomatas estão se preparando para conduzir as negociações de forma estratégica, fazendo um esforço para unificar o discurso brasileiro, especialmente com o presidente Lula.

Discussões sobre Taxação

O Itamaraty busca retirar a questão da taxação de importações de aço e alumínio do debate político e evitar declarações que possam gerar uma guerra comercial. A abordagem preferida é focar em 'reciprocidade' em vez de 'retaliação', para evitar disputas públicas que não beneficiariam o Brasil.

Implicações para o Brasil e EUA

As medidas que envolvem aço e alumínio podem impactar também a economia dos Estados Unidos. Isso porque, enquanto o presidente Trump busca atender à demanda de sua base industrial, o Brasil espera que a discussão sobre a taxação possa abrir portas para outros produtos brasileiros no mercado americano, como o etanol.

Setor de Tecnologia em Foco

Outra área de preocupação é a regulamentação do setor de tecnologia, que pode criar novas polarizações políticas. O governo brasileiro busca evitar polêmicas que possam ser exploradas pela oposição nas próximas eleições.