O prefeito de Lagoa Santa, Breno Salomão Gomes (Cidadania), tomou a decisão de nomear sua esposa, Raquel Souza de Assis Salomão, para um cargo no primeiro escalão do Executivo municipal, especificamente na Secretaria de Bem-Estar Social. A situação se tornou alvo de polêmica após uma denúncia feita pelo vereador Marcelo Monteiro (PV).

Repercussão da Nomeação

A repercussão da nomeação aumentou quando o vereador Monteiro utilizou suas redes sociais, na última sexta-feira (7 de fevereiro), para criticar a decisão. Ele ironizou a promessa do prefeito, feita durante a campanha de 2024, de optar por profissionais qualificados para cargos na administração. Em um vídeo, o vereador comparou a equipe de governo a um "churrasco de domingo".

Ação Judicial

Marcelo Monteiro anunciou que irá formalizar uma denúncia tanto no Judiciário quanto no Tribunal de Contas, apontando que o salário combinado de Breno e Raquel ultrapassa R$ 61 mil, sendo mais de R$ 22 mil para a secretária e cerca de R$ 39 mil para o prefeito. O vereador juste a denúncia afirmando que a contratação vai contra os princípios de moralidade e eficiência, já que Raquel não possui experiência ou formação nas áreas de atuação da Secretaria que dirige.

Defesa da Administração Municipal

A Secretaria de Bem-Estar Social é responsável por políticas que envolvem desenvolvimento social, esporte, turismo e cultura. Em resposta à controvérsia, a Prefeitura de Lagoa Santa se defendeu, alegando que a nomeação não é ilegal segundo a Súmula Vinculante 13 do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A nota enfatiza que Raquel possui ensino superior e está cursando pós-graduação.

Posição do Vereador

Monteiro, que se considera o único parlamentar de oposição na Câmara de Lagoa Santa, esclareceu que aguardou uma reação dos demais vereadores sobre a nomeação de Raquel, e, ao não obtê-la, decidiu tornar a situação pública. Ele também citou a proibição do nepotismo como um ponto relevante em sua argumentação.