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Calote em aluguéis atinge o maior patamar em um ano no Brasil
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Calote em aluguéis atinge o maior patamar em um ano no Brasil

Inadimplência em aluguéis cresce e alcança níveis recordes, com impactos severos em imóveis residenciais e comerciais de menor valor

Por Admin

05/10/2025 06:32 · Publicado há 1 dia
Categoria: Economia

A inadimplência no pagamento de aluguéis no Brasil alcançou em junho o maior índice dos últimos 12 meses, chegando a 3,59%, conforme o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, plataforma que oferece soluções tecnológicas para os setores condominial e imobiliário. Este percentual representa a terceira alta consecutiva no indicador.

Dados por segmento e região

O cenário é ainda mais preocupante em alguns segmentos específicos. Imóveis residenciais com aluguel até R$ 1.000 registraram uma inadimplência recorde de 5,79%, enquanto os imóveis comerciais da mesma faixa atingiram a maior taxa já registrada pelo índice, com 7,48%. O estudo aponta ainda que a região Nordeste apresenta a maior taxa de inadimplência do país, com 4,8%, seguida pelo Norte (4,09%), Centro-Oeste (3,78%), Sudeste (3,38%) e Sul (3,17%).

Quanto ao tipo de imóvel, apartamentos tiveram inadimplência de 2,47%, casas subiram para 3,96% e imóveis comerciais alcançaram 4,91%, todos com crescimento em relação ao mês anterior.

Faixas de aluguel e riscos

As faixas de aluguel revelam extremos de risco. Imóveis residenciais de alto padrão, com aluguel acima de R$ 13 mil, mantêm uma inadimplência elevada, de 6,54%, desde junho de 2024. Por outro lado, imóveis alugados por valores entre R$ 2.000 e R$ 3.000 apresentaram a menor taxa do mês, de 2,17%.

Manoel Gonçalves, diretor de negócios para imobiliárias da Superlógica, destaca que "no topo, há uma falsa sensação de segurança, e não se exigem garantias como seguro-fiança", enquanto os imóveis mais baratos, especialmente comerciais, são os mais vulneráveis à instabilidade econômica.

Causas e projeções

O levantamento é baseado na análise de dados anonimizados de mais de 900 mil locatários em todo o país, considerando inadimplentes aqueles com boletos vencidos ou pagos com atraso superior a 60 dias. A combinação entre inflação persistente, juros elevados e endividamento das famílias tem contribuído para o aumento da inadimplência.

Segundo Gonçalves, "o aumento consecutivo da inadimplência locatícia reforça que as famílias e os pequenos empreendedores enfrentam orçamentos apertados, especialmente em um contexto de crédito mais restrito". Ele alerta para a importância de monitorar as projeções de alta na inflação e nos juros, que podem agravar o cenário.

Medidas adotadas pelo setor imobiliário

Diante desse contexto, imobiliárias em diversas regiões do país têm adotado estratégias para minimizar os impactos. Entre as ações estão análises de crédito mais rigorosas, programas de proteção ao proprietário e facilitação da renegociação com inquilinos inadimplentes.

Em Sorriso, no Mato Grosso, a Foco Negócios Imobiliários criou um programa que garante ao proprietário o recebimento integral do aluguel mesmo em caso de atraso ou não pagamento pelo inquilino, com cobertura de até três meses de inadimplência em alguns casos.

Tiago Borba, CEO da Foco, explica que "além de reduzir o impacto financeiro imediato, a iniciativa evita o desgaste com o locatário e ajuda a reter o proprietário na carteira da imobiliária. O que hoje é estratégico diante da escassez de imóveis disponíveis para locação". Ele ressalta ainda a importância de avaliar cuidadosamente o histórico do inquilino antes da assinatura do contrato.

Outra prática crescente é o alongamento dos prazos para negociação das dívidas, com parcelamentos que podem chegar a até 21 vezes, geralmente realizados via cartão de crédito. "Na prática, as imobiliárias - compram - a dívida que antes era diretamente devida ao proprietário, o que dá fôlego ao inquilino e preserva o relacionamento entre as partes", afirma Borba.

Ele acrescenta que mais de 85% das renegociações são resolvidas administrativamente, sem necessidade de ação judicial.

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