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Impacto da Tarifa de Trump na Indústria de Madeira Brasileira
Fonte da imagem: https://www.otempo.com.br/content/dam/otempo/editorias/economia/2025/7/29/economia-tarifa-trump-madeira-exportacoes-1753786969.jpg

Impacto da Tarifa de Trump na Indústria de Madeira Brasileira

Setor enfrenta demissões e férias coletivas devido à sobretaxa anunciada para exportações aos EUA

Por Admin

05/10/2025 03:00 · Publicado há 1 dia
Categoria: Economia

A indústria de madeira processada no Brasil está enfrentando férias coletivas e demissões em função da tarifa elevada prometida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve entrar em vigor em agosto. As exportações para o mercado americano foram interrompidas antes mesmo do início oficial do plano, gerando um temor de colapso no setor, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci).

Repercussão das Tarifas na Indústria

Segundo Paulo Roberto Pupo, superintendente da Abimci, "Por precaução, muitos clientes postergaram embarques ou cancelaram contratos até que se esclareça o imbróglio da taxação". Ele alerta que uma sobretaxa de 50% nas exportações brasileiras para os EUA deixaria o setor "fora de jogo" no mercado norte-americano.

Essas incertezas levaram as empresas a adotarem medidas internas para reduzir a produção e os turnos de trabalho, resultando em férias coletivas e alguns anúncios de demissões.

Importância do Mercado Americano

O mercado dos Estados Unidos é estratégico para a indústria brasileira de madeira processada. A Abimci informa que o setor gera cerca de 180 mil empregos diretos e destina em média 50% de sua produção para os EUA, podendo chegar a 100% em alguns casos. A madeira exportada é usada principalmente na construção de casas, e a produção está concentrada no Sul do Brasil, onde está cerca de 90% da capacidade instalada.

Medidas Adotadas pelas Empresas

A empresa Sudati, que produz compensados de madeira e MDF no Paraná e em Santa Catarina, confirmou cortes de aproximadamente cem funcionários em suas unidades nos municípios paranaenses de Ventania e Telêmaco Borba. A Sudati ressaltou em nota que a decisão foi "necessária para garantir o equilíbrio financeiro e a sustentabilidade da operação, sem comprometer os compromissos com clientes, fornecedores e parceiros".

A BrasPine, também do setor, anunciou férias coletivas para 1.500 dos seus 2.500 funcionários em Telêmaco Borba e Jaguariaíva, motivadas pela perda de competitividade frente a exportadores com tarifas menores nos EUA (entre 10% e 20%). O CEO Eduardo Loges destacou que tal medida visa proteger os empregos e a continuidade da empresa no longo prazo.

Outra empresa, a Millpar, colocou cerca de 720 dos seus 1.100 trabalhadores em férias coletivas em suas unidades de Guarapuava e Quedas do Iguaçu, no Paraná. O CEO Ettore Giacomet Basile afirmou que as ações são baseadas em dados concretos e visão de longo prazo, com foco na sustentabilidade do negócio.

Desafios e Perspectivas

De acordo com a Abimci, substituir o mercado americano não seria tarefa rápida ou simples, já que "o volume que a gente coloca nos Estados Unidos não cabe em nenhum outro mercado", segundo Paulo Roberto Pupo.

Ele defende avanços urgentes nas negociações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos para tentar resolver a questão da sobretaxa. "Férias coletivas são paliativas, duram duas ou três semanas. A preocupação das empresas é quando voltarem, o que terão de fazer", conclui.

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