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Wimbledon busca autorização judicial para expandir suas quadras e aumentar receita
Grand Slam britânico quer construir novo estádio e transferir fase de qualificação para aumentar público e infraestrutura
Enquanto Carlos Alcaraz e Aryna Sabalenka disputam as quartas de final em Wimbledon, a organização do torneio está na Suprema Corte do Reino Unido nesta terça-feira (8) para pleitear uma ampliação significativa de suas instalações. O All England Club planeja um projeto ambicioso de expansão nos subúrbios de Londres.
Projeto de expansão
O plano prevê a construção de um novo estádio com capacidade para 8 mil espectadores, contando com teto retrátil, similar ao que já existe nas duas principais quadras do complexo atualmente. Além disso, o torneio deseja erguer 38 quadras de grama adicionais em um antigo campo de golfe localizado do outro lado da rua. Essa mudança permitiria a transferência da fase de qualificação para esse novo espaço, aumentando a capacidade de público e a receita do evento.
Resistência da vizinhança
Porém, moradores locais têm demonstrado resistência a essa expansão. Alguns analisaram o projeto e questionam os benefícios da obra. O tema será avaliado pelo Supremo Tribunal do Reino Unido em uma revisão judicial que ocorre na terça e na quarta-feira. Os opositores, que são fãs do tênis e do evento, também se preocupam com o meio ambiente, a preservação das árvores, da vegetação e dos espaços abertos da região.
Susan Cusack, integrante do grupo Save Wimbledon Park, declarou: "Eles são uma grande incorporadora. No local atual, tudo o que fazem é construir, construir, construir". O grupo contesta a aprovação do projeto pela Autoridade da Grande Londres em setembro do ano passado e já arrecadou mais de US$ 270 mil para financiar a luta judicial contra o que chamam de "complexo industrial de tênis".
Argumentos do All England Club
Wimbledon é o único dos Grand Slams que realiza sua fase de qualificação em local separado, com poucos campos de treino, o que obriga jogadores a compartilharem quadras. Debbie Jevans, presidente do clube, afirmou à Associated Press que "Wimbledon precisa se manter no topo do esporte mundial e, para isso, é necessário evoluir tanto dentro como fora do campo, com infraestruturas".
Comparando números, o Aberto da Austrália vendeu 1,1 milhão de ingressos na chave principal deste ano – mais do que o dobro da venda de Wimbledon em 2024 – e atraiu mais de 115 mil pessoas na semana da qualificação. Já a fase preliminar de Wimbledon, disputada em Roehampton, conta com apenas 8 mil ingressos disponíveis.
O projeto prevê que a nova arena com 8 mil lugares se torne o terceiro maior estádio do complexo, localizada do outro lado da rua da Quadra Nº 1. As 38 novas quadras mais do que dobrariam as existentes, que hoje somam 18 quadras de grama para jogos e 20 para treinamentos.
Segundo Jevans, "pelo menos sete" das novas quadras seriam abertas para uso comunitário. A proposta ainda inclui a criação de dois parques públicos, um deles com 23 acres. O custo estimado da obra é de aproximadamente US$ 270 milhões (R$ 1,4 bilhão).
Jevans destacou também o diferencial do projeto: "Se você olhar para os outros Grand Slams, eles têm eventos comunitários na primeira semana e, claro, tênis sério. Então, sempre começamos com o tênis, mas quero abraçar mais pessoas. A demanda por nossos ingressos está fora dos gráficos".