O governo Lula anunciou uma ampliação no programa Minha Casa, Minha Vida, aumentando o teto para financiamento de imóveis de R$ 350 mil para R$ 500 mil, com a criação da faixa 4 do programa, destinada à classe média.

Detalhes da nova faixa

A nova faixa atenderá famílias com renda mensal entre R$ 8.000 e R$ 12 mil, com juros em torno de 10% ao ano. Essa taxa é inferior à do mercado, mas um pouco superior às faixas anteriores do programa, que variam de 4% a 8,16% ao ano.

Recursos e financiamento

O financiamento da nova faixa será suportado por R$ 15 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal e R$ 5 bilhões da Caixa Econômica Federal. Atualmente, o programa possui três faixas, com recursos orçamentários e do FGTS, voltadas para famílias de baixa e média renda.

Contexto e anúncio

Desde 2023, o presidente Lula tem buscado ampliar o acesso do programa à classe média, com previsão de anunciar a medida em abril, após sua viagem ao Japão e Vietnã. O mercado imobiliário enfrenta limitações por escassez de recursos da poupança, principal fonte de crédito barato para o setor.

Medidas adicionais

Além da nova faixa, o programa também incluirá uma linha de crédito para reformas residenciais, conforme mencionado por Lula em evento em Sorocaba, destacando auxílio para melhorias habitacionais.

Impactos para a população

A ampliação busca oferecer alívio financeiro para famílias de classe média, especialmente em um momento de queda de popularidade do presidente. As taxas reduzidas podem também beneficiar indiretamente famílias com renda acima de R$ 12 mil, diminuindo a concorrência por recursos da poupança.

Faixas atuais do Minha Casa, Minha Vida

• Faixa 1: renda familiar até R$ 2.850, com subsídio de 95% e juros de 4% a 5% ao ano;
• Faixa 2: renda de R$ 2.850,01 a R$ 4.700, com subsídio até R$ 55 mil e juros de 4,75% a 7% ao ano;
• Faixa 3: renda de R$ 4.700,01 a R$ 8.000, com juros de até 8,16% ao ano.