Belo Horizonte está se preparando para o começo da Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, que deve iniciar em 7 de abril. A cidade enfrenta o desafio de aumentar a participação dos grupos prioritários, que em 2024 tiveram uma cobertura vacinal de apenas 60,7%, muito abaixo da meta de 90% definida pelo Ministério da Saúde.

A vacinação permanente contra a gripe

Como novidade, a vacina contra a influenza passará a ser oferecida de forma permanente nas unidades de saúde, segundo determinação do Ministério da Saúde. Isso permitirá que a população prioritária receba o imunizante durante todo o ano, sem depender exclusivamente da campanha anual.

Distribuição e estratégias de vacinação

A Prefeitura de Belo Horizonte informou que ainda não recebeu as doses destinadas à capital, distribuídas pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Essas vacinas começaram a ser enviadas aos estados em 21 de março, data em que também foi anunciada a campanha. A cidade aguarda a chegada das doses para definir as estratégias de imunização, que será realizada nos 152 centros de saúde locais.

Monitoramento e atendimento

A administração municipal reforça que monitora os casos de doenças respiratórias e mantém um plano de enfrentamento para períodos de maior demanda. Até o momento, Belo Horizonte não registrou aumento significativo de atendimentos relacionados a essas doenças, tendo caído de cerca de 139 mil ocorrências nos primeiros três meses de 2024 para 85 mil no mesmo período de 2025. Conforme nota da Prefeitura, "Cabe ressaltar que a prefeitura conta com um plano de enfrentamento das doenças respiratórias, que é ativado mediante aumento de casos e maior demanda por atendimento".

Quem pode se vacinar e objetivo da campanha

Os primeiros a receber a vacina serão crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos acima de 60 anos. A possibilidade de ampliar a vacinação para a população geral permanece em aberto e ficará a critério de estados e municípios, conforme a cobertura dos grupos prioritários. O ministro da Saúde Alexandre Padilha afirmou: "Nossa meta é imunizar 90% do público prioritário e vamos disponibilizar vacina pra isso".

As vacinas são atualizadas anualmente e mesmo quem tomou em anos anteriores deve se vacinar novamente, conforme orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O imunizante oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protege contra três subtipos do vírus Influenza, sendo a principal ferramenta para reduzir casos graves e internações.

Vacinação ao longo do ano e mutirões

Além da vacinação permanente, o Ministério da Saúde confirmou o retorno dos "Dias D", quando a imunização será intensificada por meio de mutirões e ampliação do funcionamento dos postos de saúde. A data está prevista para maio, a ser confirmada em reunião da Comissão Intergestores Tripartite.