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Estados Unidos pagam a segunda menor tarifa entre os maiores exportadores ao Brasil
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Estados Unidos pagam a segunda menor tarifa entre os maiores exportadores ao Brasil

Dados da OMC indicam que os EUA têm tarifa efetiva de 5,5% para exportações ao Brasil, inferior à média mundial, enquanto Brasil cobra 2,8% dos EUA

Por Admin

07/08/2025 12:07 · Publicado há 4 dias
Categoria: Economia

Os Estados Unidos foram responsáveis por pagar, no ano de 2024, a segunda menor tarifa efetiva entre os dez maiores países exportadores para o Brasil, ficando atrás apenas da Rússia, conforme dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) obtidos pela plataforma WTO Tariff & Trade Data.

Contexto Tarifário e Produtos Importados

A tarifa média efetiva cobrada dos Estados Unidos foi de 5,5%, abaixo da média mundial de 9,3%. Por outro lado, o Brasil aplicou uma tarifa média efetiva de 2,8% sobre as importações provenientes dos EUA. Entre os maiores exportadores ao Brasil, as maiores tarifas foram aplicadas à Argentina (20,4%), México (15,3%) e China (12,5%). A Rússia, que pagou a menor tarifa, teve uma média de 1,8%.

Essas variações tarifárias estão relacionadas ao tipo de produto e ao volume importado de cada país. Grande parte dos produtos importados dos EUA possui tarifas reduzidas ou são isentos. Por exemplo, motores e máquinas não elétricos, que representam 15% das importações americanas, têm tarifa zerada, assim como óleos combustíveis de petróleo (11,8%) e aeronaves (7,5%). Estima-se que 48% dos produtos importados dos EUA tenham tarifa zero, e outros 15% têm alíquotas de no máximo 2%, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Diferenças com a China e Outras Nações

Em contraste, as importações chinesas são compostas principalmente por veículos (15,6%) com tarifas de até 35%, compostos químicos (5,7%) com taxa de 5,45% e válvulas e tubos (3,9%) com taxa de 1,35%. A CNI indica que considerando regimes especiais e descontos fiscais, a tarifa efetiva sobre produtos americanos pode ser ainda menor, em torno de 2,7%.

Investigações Comerciais e Relações Bilaterais

O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) abriu uma investigação comercial contra o Brasil, alegando que o país concede tarifas preferenciais a alguns parceiros comerciais, colocando os EUA em desvantagem. O USTR afirmou que o Brasil aplica tarifas mais altas sobre importações americanas e destaca que Índia e México recebem tratamento tarifário preferencial que os EUA não têm.

Perspectivas para as Negociações

Especialistas acreditam que, apesar das tarifas menores para produtos americanos, esse fator terá impacto limitado nas negociações bilaterais. O superintendente de Relações Internacionais da CNI, Frederico Lamego, ressalta que o déficit comercial do Brasil com os EUA e o crescimento dos investimentos brasileiros nos EUA são pontos mais relevantes.

O analista Pedro Oliveira, do BTG Pactual, comenta que o governo americano tem aplicado sobretaxas independentemente do grau de abertura dos parceiros. Ele destaca que barreiras não tarifárias, como exigências técnicas, licenças, barreiras sanitárias e cotas, têm peso maior nas negociações, afetando 86,4% das importações brasileiras, percentual superior à média mundial de 72%. Oliveira conclui que a tarifa relativamente baixa sobre produtos americanos dificilmente será uma moeda de troca decisiva.

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